Nos dias 06 e 07 de julho de 2025, o Brasil sedia a Cúpula do BRICS, reunindo as lideranças dos 11 países-membros e de nações parceiras para debater temas estratégicos para o futuro global. Entre os principais assuntos em pauta estão a reforma da governança internacional, a recuperação econômica pós-pandemia, o combate à desigualdade social e o fortalecimento da cooperação entre países do Sul Global.
O BRICS é um grupamento formado por onze países e serve como foro de articulação político-diplomática e de cooperação de países do Sul Global nas mais diversas áreas. Não possui tratado constitutivo, orçamento próprio ou secretariado permanente, e suas decisões são tomadas em consenso entre os membros.
Os membros do BRICS incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. E, na qualidade de países parceiros, ainda conta com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão, Nigéria e Vietnã.
O BRICS conta com presidências rotativas anuais. O Brasil exerce a presidência de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro de 2025.
Neste ano a reunião do BRICS acontecerá nos dias 06 e 07 de julho, no Rio de Janeiro. Participam 36 países, entre membros plenos, parceiros e demais convidados. Os encontros serão conduzidos no Museu de Arte Moderna, ao lado do Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade.
Criado em 2001 por um economista do banco Goldman Sachs, o termo BRIC surgiu para destacar o peso crescente de quatro grandes economias emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China.
O grupo, que começou como uma ideia econômica, ganhou corpo político com a iniciativa dos próprios governos. O objetivo era articular posições comuns diante dos grandes temas da agenda internacional e buscar uma ordem global mais equilibrada, representativa e legítima
A primeira reunião formal aconteceu em 2006, em Nova Iorque, com os ministros das Relações Exteriores, à margem da Assembleia-Geral da ONU. Três anos depois, em 2009, os chefes de Estado se encontraram pela primeira vez em uma cúpula realizada em Ecaterimburgo, na Rússia.
A crise financeira global de 2008 impulsionou a atuação conjunta do grupo, que passou a se posicionar em fóruns como o G20, o FMI e o Banco Mundial, defendendo reformas que dessem mais voz aos países em desenvolvimento na governança econômica internacional.
Em 2011, a entrada da África do Sul ampliou o bloco, que passou a se chamar BRICS, com “S” de South Africa. Já em 2023, durante a Cúpula de Joanesburgo, foi anunciada a segunda expansão, com a entrada de mais seis países.
Hoje, o BRICS funciona como um mecanismo informal de coordenação política e econômica, com presidência rotativa entre os membros. As ações do grupo se organizam em torno de três eixos principais: política e segurança; economia e finanças; e cooperação entre sociedades civis.
A parceria do BRICS está estruturada em três pilares de cooperação: Política e Segurança, Economia e Finanças e Intercâmbio Cultural e da Sociedade Civil.
O BRICS é um grupo formado por países com grande relevância no cenário internacional. Reúne economias em desenvolvimento que, juntas, têm ganhado cada vez mais espaço e influência no mundo. Esses países representam quase metade da população mundial e estão presentes em quatro continentes, o que dá ao grupo uma voz significativa nas decisões globais.
A importância do BRICS está no seu peso econômico e na capacidade de promover um mundo mais equilibrado. Juntos, os países do grupo já somam cerca de 40% da economia global e continuam crescendo. Além disso, o comércio entre os membros vem aumentando, fortalecendo suas economias de forma conjunta. No caso do Brasil, por exemplo, o BRICS se tornou um dos principais destinos das exportações e uma importante fonte de importações, com impacto direto no desenvolvimento do país.
Outro ponto que destaca a relevância do BRICS é a riqueza de recursos naturais. O grupo concentra grandes reservas de petróleo, gás, minérios e terras agrícolas. Isso o torna estratégico tanto para a segurança energética quanto para a produção de alimentos em escala global. De fato, os países do BRICS estão entre os maiores produtores de alimentos do mundo, com forte presença em culturas essenciais como arroz, soja, milho e carnes.
Mais do que números, o BRICS representa uma alternativa aos blocos econômicos tradicionais. É uma forma de ampliar a cooperação entre países em desenvolvimento, dando voz a regiões que historicamente tiveram menos influência nas decisões internacionais.
As alterações temporárias no espaço aéreo brasileiro durante o evento do BRICS podem ser conferidas na Circular de Informação Aeronáutica (AIC)-N-24/25, que entrou em vigor dia 06/06/2025.
Confira a matéria e entenda as áreas de exclusão do espaço aéreo que serão ativadas para a Reunião de Cúpula do BRICS.