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Tecnologia a serviço da Busca e Salvamento
No dia 26 de junho, é celebrado o Dia da Aviação de Busca e Salvamento
Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC), localizado no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília (DF), verificar o sinal de alerta e transmiti-los aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) - e/ou Marítimo (SALVAMAR), que assumem a missão de prestar o Serviço de Busca e Salvamento.
As missões de Busca e Salvamento realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) acontecem sobre todo o território nacional, sobre o mar territorial e ainda em uma ampla área de águas internacionais do Atlântico. Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por essas missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão continental do País (de 8,5 milhões de km²).
O SALVAERO tem a responsabilidade de coordenar as operações de busca e salvamento em sua respectiva área de jurisdição por meio de dados recebidos do BRMCC, órgãos de controle de tráfego aéreo ou por demanda do público em geral. Após o acionamento de todo esse sistema, podem ser acionados aeronaves, embarcações e grupos de solo para a missão de busca e salvamento.
A rapidez na distribuição e na precisão das informações dos alertas, oriundos de aeronaves ou embarcações, que são recebidos pelo sistema COSPAS-SARSAT, são determinantes para que os Centros de Coordenação e Salvamento cumpram a sua missão e possam localizar e resgatar o mais rápido possível os sobreviventes.
"A aptidão técnica para a execução de uma tarefa é de fundamental importância para se maximizar a probabilidade de sucesso. Dentro da atividade de Busca e Salvamento isso ganha um peso ainda maior por estarmos tratando de vidas que podem estar em potencial estado de perigo. Logo, todos os Elos responsáveis, seja pelo planejamento, coordenação e execução das missões de Busca e Salvamento devem se manter constantemente treinados e em condições de atuar 24 horas por dia, 7 dias por semana", afirma o chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major Aviador Bruno Vieira Passos.
Dados do Anuário SAR 2021
De acordo com o Anuário SAR (sigla do inglês Search and Rescue – Busca e Salvamento) 2021 elaborado pelo DECEA em relação aos casos com a participação da Força Aérea Brasileira, foram resgatadas 50 vítimas com vida.
No ano de 2021 foram registrados 2.089 casos, sendo 2.066 resolvidos nas buscas por comunicações e 23 envolveram operações de buscas com o emprego de mais de 615 horas de voo.
O relatório aponta ainda que o BRMCC recebeu 1.268 sinais de alerta, dos quais 15 foram reais e 858 foram sinais falsos de alerta.
Outro fator frequente responsável por esses números são os acionamentos equivocados das balizas de emergência (Transmissores Localizadores de Emergência – ELT e EPIRB), equipamentos embarcados na grande maioria das aeronaves e embarcações que são acionados em casos de emergência por uma ação voluntária ou por um impacto sofrido. O sinal captado por satélites é transmitido aos SALVAERO através do BRMCC.
Sistema INFOSAR
De acordo com o Major Vieira, os proprietários de aeronaves e embarcações que possuem balizas de emergência ELT e EPIRB ou localizadores pessoais (PLB) devem fazer o cadastro das balizas pelo sistema INFOSAR, um serviço simples, rápido e gratuito. "Desde janeiro de 2016, quando o sistema entrou em funcionamento, 8.192 usuários registraram suas balizas, dos quais tiveram exclusões, atualizações de dados e inserções no sistema de registro”, esclarece.
A evolução tecnológica é de extrema importância para aumentar a eficiência nos processos das atividades de naturezas diversas. “Quando colocamos a tecnologia para atuar a nosso favor dentro da atividade de busca e salvamento, conseguimos tornar o processo mais eficiente e consequentemente melhorar os resultados. Temos como exemplo os equipamentos embarcados das aeronaves e das embarcações que emitem um sinal de localização em situações de perigo e/ou emergência de forma manual ou automática”, pontua o Major Vieira.
O DECEA tem priorizado o trabalho de conscientização através de campanhas de divulgação para destacar a importância do registro das balizas pelos proprietários de aeronaves e embarcações. “Isso reduz muito o tempo de resposta e aumenta sobremaneira a probabilidade de sobrevida das vítimas. A cada dia que passa a tecnologia nos auxilia mais a termos não só uma condição de utilização dos meios de forma mais segura, como também a respondermos de forma mais eficiente à uma condição de emergência”, afirma o chefe da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes (RJ 25254 JP)
Fotos: Luiz Eduardo Perez (201930 RF)