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SRPV-SP: atuação direta na Copa do Mundo 2014

publicado: 18/07/2014 09:24

 




Se nos gramados a Seleção Brasileira não logrou o êxito que esperávamos, fora dos campos foram vários os motivos de orgulho da Força Aérea Brasileira (FAB). Atuando em diversas frentes, grande parte de seus militares esteve diretamente envolvida com atividades que foram desde a recepção de delegações desportivas ao controle de tráfego aéreo e defesa aeroespacial.


Especialmente no que concerne ao Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), órgão subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e responsável pelo controle de tráfego aéreo nas Terminais São Paulo, Rio de Janeiro e área de conexão entre ambas, os trabalhos em prol da realização desta Copa do Mundo se iniciaram muito antes dos brasileiros pensarem em vestir o verde e amarelo para assistirem aos jogos.


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Controle de Aproximação do Galeão (APP-GL)


Por meio de um ciclo de palestras iniciado no mês de abril, abrangendo diversas localidades, foram envidados esforços de forma a orientar a aviação geral acerca de todas as modificações temporárias aplicadas no espaço aéreo sob sua jurisdição para os dias de jogos. As orientações mostraram-se essenciais para a boa organização da circulação aérea durante o todo o período do grande evento.


Em 5 de junho, ao serem iniciados os trabalhos na Sala Master de Comando e Controle no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, com o objetivo de concentrar informações e monitorar o fluxo de tráfego aéreo durante a realização da Copa do Mundo, o SRPV-SP já contava, no local, com militares em apoio irrestrito aos demais integrantes da equipe operacional.


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Sala Master de Comando e Controle do CGNA


De forma análoga, a partir da implantação do Centro de Coordenação de Defesa de Área de São Paulo (CCDA-SP), responsável pela garantia da segurança e defesa de todo o evento no estado de São Paulo, especialmente no que concerne às delegações desportivas, militares do SRPV-SP integraram a equipe multidisciplinar composta por componentes de diversas Forças Armadas e Auxiliares.


As missões em prol da realização da Copa do Mundo em terras brasileiras permitiram, não apenas a integração entre militares de diferentes Forças, mas também o trabalho conjunto entre gerações. Em meio ao recorde de movimentos aéreos alcançado pelo Aeroporto do Galeão no dia da grande final, quando registrou 859 movimentos, entre pousos e decolagens, pai e filho trabalhavam juntos nas operações.


O 1° Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Walter Eduardo Guimarães, 47 anos, Chefe da Torre de Controle do Aeroporto do Galeão, há 26 anos exercendo seus trabalhos junto ao Controle de Tráfego Aéreo na Terminal Rio de Janeiro, e seu filho Vinicius Fernandes Guimarães, 22 anos, 3° Sargento e Controlador de Tráfego Aéreo há quatro anos, tiveram o privilégio de trabalharem juntos na coordenação do tráfego aéreo durante todos os sete jogos realizados no Estádio do Maracanã, incluindo a Final.


Enquanto o pai assumiu a função de Supervisor da Equipe de Controladores, o filho atuou como Operador Radar da Área VERMELHA, monitorando o tráfego aéreo nas áreas de exclusão, onde, por sua proximidade ao estádio, eram permitidas somente aeronaves envolvidas nos eventos, e previamente autorizadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).


Para o Oficial Walter, "sentir o prazer de servir à Pátria ao lado de um filho é um privilégio histórico que poucos conquistaram. O orgulho de vê-lo seguindo meus passos supera a emoção de levantar a tão cobiçada Taça FIFA".


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1º Tenente Walter e 3º Sargento Guimarães - pai e filho juntos na coordenação do tráfego aéreo na Copa do Mundo


Para o 3S Guimarães, seguindo os passos do pai, é o início de uma longa carreira, da qual já pode colher os frutos de sua dedicação, já que foi um dos controladores selecionados, por seu destacado desempenho nos treinamentos para a Copa, para compor o grupo de operadores a atuar efetivamente durante o grande evento.


As operações no Aeroporto do Galeão contaram ainda com diversos incrementos, no que tange aos recursos humanos e a procedimentos operacionais, com vistas ao aumento da capacidade de pousos e decolagens. Na Torre de Controle, as posições operacionais foram duplicadas, dobrando a quantidade de operadores. Utilizou-se, ainda, o padrão de decolagem simultânea nas Pistas 10 e 15 do Galeão, aumentando a capacidade de decolagem de 30 para 45 decolagens / hora, chegando a atingir o pico de 52 movimentos / hora. Este procedimento foi fundamental para que a demanda para saídas após o jogo da Final fosse prontamente atendida, contribuindo para a satisfação de passageiros do mundo todo.


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Pátio de estacionamento de aeronaves do aeroporto do Galeão


Aos militares que atuaram direta ou indiretamente com o grande evento, se não restou a alegria pelo hexa não conquistado, permaneceu o orgulho pela missão bem cumprida na prestação de serviços para o nosso País.


Texto: 1T Lizzie – Seção de Comunicação Social – SRPV-SP