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Plano de segurança da Rio +20 terá a participação de cinco mil militares da Força Aérea
publicado:
01/06/2012 11:10
O plano de segurança da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) terá a participação de 5 mil militares da Força Aérea Brasileira (FAB). Esse aparato será empregado no controle das Bases Aéreas do Galeão (Ilha do Governador), dos Afonsos (Marechal Hermes) e de Santa Cruz, que receberão as delegações, na defesa aérea e no controle de tráfego aéreo de áreas de segurança estabelecidas para o Rio de Janeiro.
Caças A-29 Super Tucano e F-5EM estarão de prontidão para vigiar o espaço aéreo do Rio de Janeiro durante o evento, além de helicópteros AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk e toda a estrutura de radares de controle de tráfego aéreo e de defesa aérea da FAB. Aviões-radares E-99 também serão empregados na vigilância do espaço aéreo da região. Haverá pontos de sobrevoo proibido na cidade, como exemplo, ao redor do Riocentro, que sediará a conferência, num raio que pode variar de 4km a 13km de acordo a programação do evento. Todas as informações referentes à circulação de aeronaves estarão disponíveis aos pilotos por meio de publicações específicas da aviação (NOTAM).
A coordenação do fluxo de tráfego aéreo no Rio de Janeiro estará a cargo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), da Força Aérea, instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas as orientações de pouso e decolagem das aeronaves no período da conferência. Pelo menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim, além das áreas disponíveis em três bases aéreas no Rio de Janeiro. A Força Aérea garantirá a segurança nas bases do Galeão, Afonsos e Santa Cruz, e manterá tropas em prontidão para eventuais emergências.
Pela Força Aérea, unidades ligadas ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR) estarão envolvidas na operação.
Operação
Somados aos 15 mil profissionais anunciados pelo Comando Militar do Leste (CML), serão 20 mil militares e civis das Forças Armadas, das policias federal e estadual, bem como Guarda Municipal, funcionários da Receita Federal e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) envolvidos na segurança da Rio+20, entre 4 e 29 de junho, no Rio de Janeiro.
O sistema conta ainda com a participação de 13 ministérios e 26 entidades públicas. Para isso, os governos federal, estadual e municipal investiram R$ 132,8 milhões, sendo R$ 90 milhões das Forças Armadas. Um exemplo desse investimento foi feito no Riocentro para que o participante da conferência tenha à disposição internet grátis com previsão de 30 mil acessos diários.
Para dar segurança às delegações dos chefes de Estado ou de Governo que estarão na conferência da ONU, seja no deslocamento dos comboios ou nos hotéis e locais de atividades, o plano terá a participação de 416 batedores formando 52 equipes especializadas. O tráfego aéreo de monitoramento das comitivas terá a proteção de 29 helicópteros nos cerca de 50 quilômetros da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão hospedados os oito mil delegados participantes da Rio+20.
O sistema de segurança da conferência foi aprovado pela presidenta Dilma Rousseff. A elaboração do plano está sob o comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, e tem a coordenação do Comando Militar do Leste (CML). O efetivo militar utilizado pertence à Marinha, ao Exército e a Força Aérea Brasileira. A Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a cada dia do evento e 1 mil guardas municipais. A Polícia Federal disporá de 1,4 mil delegados e agentes na operação.
No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis ataques de hackers. Somente no centro foram investidos R$ 20 milhões. O plano de segurança conta também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Há também contingente para atuar na defesa química e bacteriológica.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Fonte: Agência Força Aérea