Notícias

Palestras do DTCEA Curitiba tratam sobre humanização nas relações operacionais

publicado: 23/08/2013 10:25

 




O efetivo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Curitiba (DTCEA CT) assistiu, na tarde do dia 19 de agosto, no Auditório 14 Bis do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), a quatro palestras socioeducativas.

Ações como estas demonstram que a capacidade dos integrantes dos Destacamentos vai além do apoio que se presta ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).Idealizado pelo Comandante do Destacamento, Major Especialista em Comunicações Neander França da Silva, o ciclo de palestras foi intitulado "Como humanizar as relações operacionais num ambiente militar".

Solidariedade, respeito ao próximo e às diferenças pessoais, estímulo às práticas de atividades físicas e à alimentação saudável, segurança operacional e avaliação de Graduados foram os temas discutidos durante as quatro palestras apresentadas por Oficiais e Graduados da própria Unidade.

Nominados, os quatro temas foram: "Somos todos Elos Sociais", "O mal-estar da tecnologia", "Gestão da Qualidade e Segurança Operacional" e "A Ficha de Avaliação de Graduado decifrada".

Segue abaixo um resumo de cada tópico abordado:

 

Somos todos Elos Sociais

O Elo Social do DTCEA CT, 3S Raulino Rodrigues, explanou sobre a solidariedade e a relevância de todos serem mais sociáveis com o seu próximo. Muitas vezes as pessoas podem passar por dificuldades, sejam materiais e/ou psicológicas, sem contar com o apoio de seus pares. Essa “humanização” é fruto do projeto da Assistência Social na Força Aérea Brasileira, que promove alguns benefícios aos militares e civis, tais como ajudas socioeducativas, doação de cestas básicas, material escolar e remédios de uso contínuo.

Além disso, o apoio procura mostrar para as pessoas que vivem em posição de dependência econômica, física ou de outra natureza, que elas podem encontrar uma conquista pessoal da liberdade.

As palestras socioeducativas possibilitam a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva, necessária para a superação da dependência social e dominação política, devolvendo dignidade a quem desejar o estatuto de cidadania, e principalmente, a liberdade de decidir e de controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro.

 

O mal-estar da tecnologia

A segunda palestra tratou de alertar àqueles que têm vida e/ou hábitos sedentários e uma alimentação nada saudável. O Suboficial BCO Ricardo Mendes, professor de educação física e especialista em ginástica laboral, discorreu sobre esses problemas que afligem todas as classes sociais.

Segundo ele, a situação é consequência da evolução tecnológica da sociedade. Atualmente, os jovens são os mais afetados pelo sedentarismo, pois estão mais envolvidos com a tecnologia.

"Hoje temos uma série de materiais que vão facilitar nosso trabalho braçal, mas de alguma maneira vão também diminuir a quantidade de trabalho, comparado com o que fazíamos no passado. Esta mudança tecnológica faz com que as pessoas comecem a andar menos e a fazer menos atividades físicas", explicou Mendes aos seus amigos do Destacamento onde serve.

A atividade regular de exercícios físicos é acompanhada de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Para o Palestrante, sob o ponto de vista músculo-esquelético, a prática ainda auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. E no caso de crianças e adolescentes, pode ajudá-las no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

Há outras vantagens enumeradas que dizem respeito à saúde física, à perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, à redução da pressão arterial em repouso, à melhora do índice de diabetes, à diminuição do colesterol total e ao aumento do "colesterol bom".

Por conta disso, esses conselhos podem auxiliar a todos na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas.

 

Gestão da Qualidade e Segurança Operacional

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”. Esta citação de Edwards Deming evidencia a importância do trabalho desenvolvido pela Assessoria da Segurança Operacional da Qualidade (ASOQ) do DTCEA-CT, chefiada pelo 1º Tenente Hélio Ruffini.

A palestra proferida por ele serviu para mostrar que o Destacamento alcançou o reconhecimento internacional, ao ganhar a certificação da ISO 9001, registrada pelo Instituto de Fomentação Industrial, em outubro de 2013, e válida por três anos. Este certificado designa um grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da qualidade para Organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão.

De acordo com o Tenente Ruffini, “a ISO 9001 promove a adoção de uma abordagem de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da qualidade. O processo também aumenta a satisfação do cliente pelo atendimento prestado às suas solicitações”.

No Sistema da Gestão da Qualidade, os clientes do DTCEA CT são todos aqueles que se beneficiam das informações meteorológicas e do Serviço de Informação Aeronáutica, disponibilizados pelos militares de serviço na Sala AIS.

Dessa forma, para que o Sistema de Gestão da Qualidade possa ser aplicado em todo o Órgão e para que se possa controlar cada etapa, é fundamental o uso da abordagem de processo.

 

A FAG decifrada

Em tempos de buscas de melhor compreensão e de transparências na sociedade democrática e nas relações sociais, a palestra do 1º Tenente Elton Cecon sobre a avaliação de desempenho de Graduados tratou amiúde a Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 39-17, documento que norteia os principais aspectos do processo de avaliação dos Graduados.

A Instrução versa sobre dois conceitos de avaliação: o profissional e o moral.

Na avaliação profissional, alguns fatores são preponderantes. O desempenho de um trabalho, a produtividade, o conhecimento técnico, o relacionamento no ambiente de trabalho e a capacidade de expressão oral e verbal.

Outra forma que a chefia aprecia o mérito do militar na Ficha de Avaliação do Graduado (FAG) são naqueles itens que denotam bons costumes e boa conduta, segundo os preceitos estabelecidos pela sociedade ou por determinado grupo social. É o conceito moral que verifica se o Graduado possui alguns vícios de alcoolismo, drogas e tratamento com os seus familiares, por meio da análise do seu comportamento.

Dessa forma, os dois conceitos deixam claro que o ser humano é o principal protagonista do cenário institucional.

Outro aspecto discutido foi o caráter da subjetividade e da objetividade. Para que a avaliação tenha um resultado mais próximo da imparcialidade, é preciso que o avaliador faça o preenchimento da FAG de forma a colocar somente os fatos concretos e verídicos sobre o comportamento do avaliado, além da ficha ser revisada pelo Comandante ou por um Oficial de hierarquia superior.

A FAG é feita anualmente e tem por base o período de 1º de novembro a 31 de outubro do ano subsequente. A avaliação tem grau de sigilo confidencial.

Para o 1S BCT Fábio Schreiner de Oliveira, “a oportunidade de assistir às palestras, além de encontrar os colegas de outros setores, o que é restringido pela força da rotina das escalas, foi relevante para conhecer melhor as diretrizes da Chefia e do Comando de minha Organização Militar, além de agregar conhecimento sobre importantes assuntos."

 

Fonte: CINDACTA II
Revisão: Telma Penteado - telmatbp@decea.gov.br


Assunto(s): CINDACTA III DTCEA-CT