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Nevoeiro: como o CIMAER atua na vigilância e previsão deste fenômeno?

publicado: 09/08/2024 11:34

 






Com o período de inverno é cada vez mais comum os dias amanhecerem com nevoeiro, mais popularmente conhecido como neblina. A situação provoca redução da visibilidade em diversos locais, inclusive nos aeroportos, causando cancelamentos e atrasos de voos. De acordo com dados da Subdivisão de Estudos e Projetos do Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER), nos últimos 30 anos, a Região Sul do País apresentou maior probabilidade de ocorrência de nevoeiros. O CIMAER é a unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) que atua na prestação do serviço meteorológico aeronáutico de vigilância e previsão.

“Neblina que baixa, sol que racha”. O dito popular representa a condição climática formada pela combinação de ventos fracos e umidade alta. Geralmente, ocorre ao amanhecer e o aquecimento solar ao decorrer da manhã faz com que essa nuvem se dissipe. O fenômeno nevoeiro causa restrição de visibilidade horizontal e oblíqua, quando o piloto vem para aproximação de pouso.

“É um fenômeno muito restritor. Quando a visibilidade está baixa, abaixo de 1.000 metros, as instrumentações disponíveis no aeroporto vão determinar se ele irá continuar operando, ou não, mesmo em situações de nevoeiro”, explicou o Previsor do Centro Metrológico Integrado do CIMAER, Capitão Vicente Batista Rangel.

Apesar de o nevoeiro não ser um fenômeno fácil de se prever, o CIMAER conta com ferramentas de alto grau de acurácia que ajudam nessas tomadas de decisão. O AIRMET, por exemplo, é uma mensagem que consiste em uma descrição concisa, em linguagem clara, relativa à ocorrência ou previsão de fenômenos meteorológicos.

Já o METAR (Meteorological Aerodrome Report) é um informe meteorológico regular de aeródromo. “O CIMAER utiliza de várias fontes para compor a análise de previsão. O METAR é um reporte de informação de observação in loco. Existe um militar na Estação Meteorológica de Superfície que observa o nevoeiro. Isso nos ajuda a compor a análise de previsão”, completou o Capitão Rangel.

Além disso, também são analisadas imagens de satélite, rádiossondagem (uma observação superior da atmosfera por meio de balão meteorológico), modelagens numéricas, e, por fim, os boletins climatológicos trimestrais feitos pelo Centro Metrológico Integrado.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Asp Fernandes
Revisão: Capitão Aviador Rodrigues
Foto: Fábio Maciel


Assunto(s): DECEA SISCEAB CIMAER METAR