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NAV abre último dia da Jornada falando da CPDLC na Europa
publicado:
18/03/2016 09:45
Abrindo o último dia de palestras da Jornada de Comunicações sobre Data Link, a palavra foi passada ao Engenheiro Elétrico Carlos Alves, Oficial de Comunicações da NAV Portugal.
Carlos é pós-graduado em Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento e Liderança, Finanças para Executivos e possui Mestrado em Engenharia Elétrica e de Computadores.
Dentre os principais cargos exercidos na NAV Portugal, estão os de engenheiro de manutenção, desenvolvedor de projetos e Diretor de Estudo e Projetos.
Membro dos grupos de Gerenciamento de Implantação NAT, de Planejamento de Sistemas NAT da OACI; membro da Agência de Assessoramento da EUROCONTROL e membro do Comitê GNSS.
Com o tema “Implementação dos Serviços Data Link na Europa”, Carlos apresentou o que está sendo realizado, os óbices encontrados e as soluções apontadas.
Para que a audiência pudesse ter uma ideia da circulação aérea no planeta, o palestrante mostrou uma animação da imagem do mapa mundo com o fluxo global.
Quanto à evolução do suporte para a demanda de tráfego aéreo, Carlos fez um histórico partindo do controle pontual por rádio (controlava-se nas áreas onde se achava que a aeronave poderia estar), passando para o controle baseado em vigilância radar (controle da área onde se sabe que a aeronave está por rastreamento) e, agora, apresentando a migração para um controle de tráfego aéreo baseado na trajetória, quando o controlador tem conhecimento da rota completa por onde a aeronave passou e por onde vai passar.
Neste último estágio do controle dispomos dos sistemas ADS (Vigilância Dependente Automática) e Data COM.
O primeiro projeto de comunicação Data Link implementado na Europa foi o Link 2000 (Fase Pioneira), com início em 2003 e sobre ele foram realizados os primeiros aprimoramentos e as primeiras modificações.
Já em 2008 muitas demandas foram identificadas e estudos começaram a ser realizados para mitigar os óbices encontrados.
Dentre as questões levantadas, estão:
- problemas com a implantação dos equipamentos nas aeronaves;
- problemas com a implantação dos equipamentos em solo;
- aspectos de interoperabilidade;
- cobertura fragmentada da CPDLC (Controler, Pilot, Data, Link, Communication – Comunicação Controlador – Piloto via Data Link);
- buracos detectados na cobertura das estações VHF;
- degradação da performance Data Link;
- gerenciamento inapropriado das múltiplas concexões; e
- conflitos no VDL Mode 2 do ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System – Sistema de intercâmbio de informações entre a aeronave e o solo, codificada numericamente por ligação de rádio ou satélite).
“Ao ritmo que o tráfego aéreo está crescendo, temos que implementar com urgência as funcionalidades Data Link, atendendo aos prazos. Temos que tornar o Data Link uma realidade na Europa. Para tanto, temos que aprender com os erros do passado. Querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas, como disse o físico Einstein, é a definição da insanidade”, brincou Carlos.
“A partir de 2018 temos uma grande fase de implementações de Data Link em Rota, começando com a implantação do 4D (trajetórias e aeroportos)”, informa.
A parceria da NAV com a SITA abrange oito estações fazendo uma cobertura continental e sobre as Ilhas no Açores e Madeira.
Quanto à CPDLC no continente Europeu, Carlos informou que muitos países como a Croácia, a Bulgária e a República Checa, estão atendendo ao cronograma de implementação que vai até o final deste ano.
“É altamente recomendável que se antecipe a evolução da infraestrutura do Data Link na Europa dentro do Plano Global ATM e que se priorize o desenvolvimento da próxima geração de tecnologia Data Link dentro do Programa Europeu SESAR”, declarou o palestrante.
“Como o aumento da circulação dos drones, novos desafios e novas oportunidades de negócios surgem, demandando redes de comunicações muito eficazes. Data Link já é uma realidade”, conclui Alves.
Texto: Telma Penteado
Foto: Luiz Perez
ASCOM DECEA
Carlos é pós-graduado em Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento e Liderança, Finanças para Executivos e possui Mestrado em Engenharia Elétrica e de Computadores.
Dentre os principais cargos exercidos na NAV Portugal, estão os de engenheiro de manutenção, desenvolvedor de projetos e Diretor de Estudo e Projetos.
Membro dos grupos de Gerenciamento de Implantação NAT, de Planejamento de Sistemas NAT da OACI; membro da Agência de Assessoramento da EUROCONTROL e membro do Comitê GNSS.
Com o tema “Implementação dos Serviços Data Link na Europa”, Carlos apresentou o que está sendo realizado, os óbices encontrados e as soluções apontadas.
Para que a audiência pudesse ter uma ideia da circulação aérea no planeta, o palestrante mostrou uma animação da imagem do mapa mundo com o fluxo global.
Quanto à evolução do suporte para a demanda de tráfego aéreo, Carlos fez um histórico partindo do controle pontual por rádio (controlava-se nas áreas onde se achava que a aeronave poderia estar), passando para o controle baseado em vigilância radar (controle da área onde se sabe que a aeronave está por rastreamento) e, agora, apresentando a migração para um controle de tráfego aéreo baseado na trajetória, quando o controlador tem conhecimento da rota completa por onde a aeronave passou e por onde vai passar.
Neste último estágio do controle dispomos dos sistemas ADS (Vigilância Dependente Automática) e Data COM.
O primeiro projeto de comunicação Data Link implementado na Europa foi o Link 2000 (Fase Pioneira), com início em 2003 e sobre ele foram realizados os primeiros aprimoramentos e as primeiras modificações.
Já em 2008 muitas demandas foram identificadas e estudos começaram a ser realizados para mitigar os óbices encontrados.
Dentre as questões levantadas, estão:
- problemas com a implantação dos equipamentos nas aeronaves;
- problemas com a implantação dos equipamentos em solo;
- aspectos de interoperabilidade;
- cobertura fragmentada da CPDLC (Controler, Pilot, Data, Link, Communication – Comunicação Controlador – Piloto via Data Link);
- buracos detectados na cobertura das estações VHF;
- degradação da performance Data Link;
- gerenciamento inapropriado das múltiplas concexões; e
- conflitos no VDL Mode 2 do ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System – Sistema de intercâmbio de informações entre a aeronave e o solo, codificada numericamente por ligação de rádio ou satélite).
“Ao ritmo que o tráfego aéreo está crescendo, temos que implementar com urgência as funcionalidades Data Link, atendendo aos prazos. Temos que tornar o Data Link uma realidade na Europa. Para tanto, temos que aprender com os erros do passado. Querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas, como disse o físico Einstein, é a definição da insanidade”, brincou Carlos.
“A partir de 2018 temos uma grande fase de implementações de Data Link em Rota, começando com a implantação do 4D (trajetórias e aeroportos)”, informa.
A parceria da NAV com a SITA abrange oito estações fazendo uma cobertura continental e sobre as Ilhas no Açores e Madeira.
Quanto à CPDLC no continente Europeu, Carlos informou que muitos países como a Croácia, a Bulgária e a República Checa, estão atendendo ao cronograma de implementação que vai até o final deste ano.
“É altamente recomendável que se antecipe a evolução da infraestrutura do Data Link na Europa dentro do Plano Global ATM e que se priorize o desenvolvimento da próxima geração de tecnologia Data Link dentro do Programa Europeu SESAR”, declarou o palestrante.
“Como o aumento da circulação dos drones, novos desafios e novas oportunidades de negócios surgem, demandando redes de comunicações muito eficazes. Data Link já é uma realidade”, conclui Alves.
Texto: Telma Penteado
Foto: Luiz Perez
ASCOM DECEA