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Meteorologia e gerenciamento do tráfego aéreo são temas de debate em Seminário realizado no CGNA
publicado:
01/04/2013 09:09
Meteorologia e Gerenciamento de Fatores de Risco. Este foi o tema do II Seminário MET/ATM do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), realizado o dia 22 de março, no auditório do Comar III, no Rio de Janeiro.
O evento em alusão ao Dia Meteorológico Mundial, comemorado em 23 de março, contou com a participação de cerca de 80 pessoas, dentre militares e representantes de órgãos públicos ligados à meteorologia e/ou ao gerenciamento do tráfego aéreo.
A abertura foi feita pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes, que falou da importância do trabalho dos meteorologistas para o bom funcionamento do tráfego aéreo. Antes de iniciar as palestras, foi lida a Ordem do Dia Meteorológico Mundial.
O Capitão Especialista em Meteorologia Fernando Gonçalves Brandão ministrou a palestra “O monitoramento das nuvens com potencial de formação de gelo, a partir de satélites geoestacionários”. O palestrante explicou que a Formação de Gelo em Aeronaves (FGA) é a presença de água líquida super-resfriada na estrutura aerodinâmica de uma aeronave, e que esse é considerado o fenômeno meteorológico responsável pelo maior número de acidentes. A utilização de satélites se apresenta como uma alternativa de monitoramento do fenômeno.
“A aviação civil e o gerenciamento do tráfego aéreo podem sofrer consequências por conta da FGA, portanto é importante utilizar os dados de satélites para detectar nuvens com potencial de formar gelo em aeronave. O objetivo é ter dados capazes de permitir a mitigação, buscando maximizar a segurança das operações aéreas”, afirmou o Capitão.
A segunda palestra, ministrada pelo Capitão Especialista em Meteorologia Antônio Paulo de Queiroz, teve como tema “Radar na análise da severidade da convecção”. O palestrante explicou que o radar meteorológico é uma das principais ferramentas para o gerenciamento dos riscos. “Com o seu uso, os perigos podem ser identificados e os riscos mitigados e tornados aceitáveis ou pelo menos toleráveis para a manutenção do nível aceitável de segurança operacional”, complementou.
O Capitão Queiroz apresentou um estudo que foi feito com o radar da cidade de São Roque, em São Paulo, em que foi possível identificar 90% das tempestades chamadas severas, que são capazes de gerar granizos grandes, rajadas de ventos com força destrutiva e tornados.
O professor Wendell Rondinelli, analista de pesquisa em meteorologia, fez uma apresentação sobre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). O órgão, instituído pelo Governo Federal em 2011, tem buscado implementar um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais em áreas suscetíveis de todo o Brasil.
“É importante lembrar que nós conseguimos monitorar, prever alguns fatos, mas os desastres naturais vão ocorrer de qualquer forma. Portanto, nós buscamos realizar ações efetivas e antecipadas de prevenção e redução de danos”, pontuou o professor Rondinelli.
O último palestrante, o meteorologista Pedro Jourdan apresentou o trabalho “Atuação da Meteorologia no Sistema Alerta Rio”. O Sistema Alerta Rio foi implantado em 1996 pela Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro. O objetivo é emitir boletins de alerta à população sempre que houver previsão de chuvas intensas que possam gerar inundações de vias públicas ou deslizamentos de encostas.
A partir do ano de 2010, o Sistema teve mudanças significativas após o episódio de maior registro de chuva acumulada em 24 horas durante dois dias do mês de abril daquele ano. “Esse foi um ano divisor de águas para a Prefeitura, o Geo-Rio e o Alerta Rio. O Geo-Rio duplicou seu orçamento e deu início a um consistente Programa de Gestão de Risco. Além disso, aumentou sua equipe e passou a realizar um serviço de monitoramento 24 horas por dia”, explicou Pedro Jourdan.
Ao final, foi feita a entrega da placa "Amigo da Meteorologia" aos funcionários Adriano Duarte da Silva e o Suboficial Luiz Cláudio Magalhães da Conceição e de "Destaque Operacional da Meteorologia" ao Primeiro Sargento Guilherme Maia Ramos Rodrigues, em agradecimento aos serviços prestados.
Fonte: CGNA
Revisão: Telma Penteado - telmatbp@decea.gov.br
O evento em alusão ao Dia Meteorológico Mundial, comemorado em 23 de março, contou com a participação de cerca de 80 pessoas, dentre militares e representantes de órgãos públicos ligados à meteorologia e/ou ao gerenciamento do tráfego aéreo.
A abertura foi feita pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes, que falou da importância do trabalho dos meteorologistas para o bom funcionamento do tráfego aéreo. Antes de iniciar as palestras, foi lida a Ordem do Dia Meteorológico Mundial.
O Capitão Especialista em Meteorologia Fernando Gonçalves Brandão ministrou a palestra “O monitoramento das nuvens com potencial de formação de gelo, a partir de satélites geoestacionários”. O palestrante explicou que a Formação de Gelo em Aeronaves (FGA) é a presença de água líquida super-resfriada na estrutura aerodinâmica de uma aeronave, e que esse é considerado o fenômeno meteorológico responsável pelo maior número de acidentes. A utilização de satélites se apresenta como uma alternativa de monitoramento do fenômeno.
“A aviação civil e o gerenciamento do tráfego aéreo podem sofrer consequências por conta da FGA, portanto é importante utilizar os dados de satélites para detectar nuvens com potencial de formar gelo em aeronave. O objetivo é ter dados capazes de permitir a mitigação, buscando maximizar a segurança das operações aéreas”, afirmou o Capitão.
A segunda palestra, ministrada pelo Capitão Especialista em Meteorologia Antônio Paulo de Queiroz, teve como tema “Radar na análise da severidade da convecção”. O palestrante explicou que o radar meteorológico é uma das principais ferramentas para o gerenciamento dos riscos. “Com o seu uso, os perigos podem ser identificados e os riscos mitigados e tornados aceitáveis ou pelo menos toleráveis para a manutenção do nível aceitável de segurança operacional”, complementou.
O Capitão Queiroz apresentou um estudo que foi feito com o radar da cidade de São Roque, em São Paulo, em que foi possível identificar 90% das tempestades chamadas severas, que são capazes de gerar granizos grandes, rajadas de ventos com força destrutiva e tornados.
O professor Wendell Rondinelli, analista de pesquisa em meteorologia, fez uma apresentação sobre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). O órgão, instituído pelo Governo Federal em 2011, tem buscado implementar um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais em áreas suscetíveis de todo o Brasil.
“É importante lembrar que nós conseguimos monitorar, prever alguns fatos, mas os desastres naturais vão ocorrer de qualquer forma. Portanto, nós buscamos realizar ações efetivas e antecipadas de prevenção e redução de danos”, pontuou o professor Rondinelli.
O último palestrante, o meteorologista Pedro Jourdan apresentou o trabalho “Atuação da Meteorologia no Sistema Alerta Rio”. O Sistema Alerta Rio foi implantado em 1996 pela Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio), órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro. O objetivo é emitir boletins de alerta à população sempre que houver previsão de chuvas intensas que possam gerar inundações de vias públicas ou deslizamentos de encostas.
A partir do ano de 2010, o Sistema teve mudanças significativas após o episódio de maior registro de chuva acumulada em 24 horas durante dois dias do mês de abril daquele ano. “Esse foi um ano divisor de águas para a Prefeitura, o Geo-Rio e o Alerta Rio. O Geo-Rio duplicou seu orçamento e deu início a um consistente Programa de Gestão de Risco. Além disso, aumentou sua equipe e passou a realizar um serviço de monitoramento 24 horas por dia”, explicou Pedro Jourdan.
Ao final, foi feita a entrega da placa "Amigo da Meteorologia" aos funcionários Adriano Duarte da Silva e o Suboficial Luiz Cláudio Magalhães da Conceição e de "Destaque Operacional da Meteorologia" ao Primeiro Sargento Guilherme Maia Ramos Rodrigues, em agradecimento aos serviços prestados.
Fonte: CGNA
Revisão: Telma Penteado - telmatbp@decea.gov.br