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Interação entre os militares marca Exercício Carranca V

publicado: 17/03/2016 16:19

 




Interação marca o maior exercício de busca e salvamento. Objetivo é promover a troca de experiência entre os participantes

 

O relógio dispara quando ocorre um acidente aeronáutico. Em terra ou no mar, cada minuto é fundamental para a missão de busca e salvamento. Nesse cenário, uma complexa operação aérea é montada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para localizar e resgatar, no menor tempo possível, os sobreviventes.

Esse é o contexto do Exercício Carranca V realizado na Base Aérea de Florianópolis (BAFL). Pilotos, controladores de tráfego aéreo, mecânicos, especialistas em comunicações e outros profissionais treinam e aperfeiçoam os conhecimentos sobre coordenação, execução de missões e técnicas de resgate de acidentes no mar e em terra.

Troca de experiência
Enquanto alguns são jovens, outros têm anos de experiência. É o caso do Major Emerson Marques de Barcellos, controlador de tráfego aéreo. Ele atuou durante 11 anos como coordenador de missões de busca no Salvaero do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III).

Entre suas experiências mais marcantes está a missão real de busca após o acidente com o voo da aeronave da Air France, em junho de 2009. “Nossa missão começa como primeiro relato do desaparecimento de uma aeronave e só termina com o resgate dos sobreviventes ou com a suspensão das buscas”, explica.

Mesmo experiente, ele considera válido participar de um treinamento de busca e salvamento como o Exercício Carranca V. “Podemos trocar experiências, isso permite que os participantes atuem em conjunto a fim de melhorar o planejamento e a execução de missões nessa áerea. Mesmo aquele que chegou há um ano tem algum conhecimento a ser compartilhado”, conta.

A função de coordenação também passa por avaliações durante o Exercício. Para isso, foram montados na Base Aérea de Florianópolis dois subcentros de salvamento semelhantes aos Salvaeros, encontrados nos quatro CINDACTAs de Brasília, Curitiba, Recife e Manaus, e composta por representantes de cada um deles.

Para o Sargento José Carlos da Silva, especialista em comunicações, outra vantagem é que o exercício possibilita um treinamento completo de todos os envolvidos, desde o momento que uma aeronave desaparece do radar até o resgate das vítimas.

Com quatro anos de experiência em operações na região amazônica, a Sargento Alexandra Souza Lopes de Santana descreve sua satisfação em participar pela primeira vez do treinamento. “É uma oportunidade de exercitar e interagir com profissionais de diferentes especializações e todos aprendemos muito”.

A capacitação visa o emprego em atividades operacionais e, sobretudo, os grandes eventos. O investimento traz benefícios à sociedade que conta com profissionais capacitados e sempre engajados em salvar vidas.

Neste ano, o treinamento brasileiro reforça a preparação de equipes SAR (Search and Rescue) que estarão em prontidão para emergências durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes
Fotos: Fábio Maciel


Assunto(s): SAR carranca V