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FAB começa o ano participando de uma missão muito especial

publicado: 11/01/2012 14:31

 





 


Uma pequena menina nascida em Brasília, com apenas um ano, teve sua vida salva na madrugada da sexta-feira, dia 06. Ela recebeu o coração de um menino de Niterói, no Rio de Janeiro, de 1 ano e 9 meses, que sofreu morte encefálica na noite de quinta-feira, no Hospital das Clínicas.


O emocionante transporte do órgão, em poucas horas, comprova o heroísmo de pilotos e dos controladores de tráfego aéreo, homens integrados ao programa de defesa nacional e operacionais em tempos de paz, como o transporte do pequeno coração.


Esta foi a missão inaugural da primeira aeronave C-95 Bandeirante modernizada, ação que contou com prioridade de decolagem e pouso por se tratar de um transporte delicado e raro, devido ao peso e à idade dos bebês envolvidos.


A Equipe médica de transplante – composta por quatro profissionais: dois cirurgiões, uma enfermeira e uma perfusionista, que é a profissional responsável por introduzir no coração a solução que provoca a parada do órgão e viabiliza a sua retirada – seguiu de Brasília para o Rio de Janeiro no C-95.


A equipe de captação do órgão é de Brasília e chegou ao Rio de Janeiro às 19h10, a bordo de avião do Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA). “A recepção na Base Aérea de Brasília foi muito acolhedora, os militares vinham conversar conosco e desejar boa sorte”, observou a perfusionista da equipe Letycia Chagas Fortaleza.


Os profissionais desembarcaram no Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), onde um helicóptero da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) os aguardava para realizar o transporte até a cidade de Niterói.


De volta ao Rio de Janeiro, a equipe e o órgão embarcaram em uma aeronave C-99 do Grupo de Transporte Especial (GTE) na Base Aérea do Galeão, e retornaram à Base Aérea de Brasília (BABR), de onde seguiram para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal.


Com a ajuda dos controladores e a experiência do piloto, o major Gláucio Octaviano Guerra, o C-99 fez o voo em 1 hora e 20 minutos, meia hora a menos que o habitual.


Com isso, entre a retirada e o implante, o tempo gasto foi pouco superior a duas horas, intervalo fundamental para a cirurgia ter bom resultado.


“Por se tratar de transporte de órgão, temos prioridade de decolagem e pouso. Vamos aguardar a equipe retornar de Niterói com a aeronave pronta para decolar”, explicou o Comandante do C-99 que levou o órgão até Brasília, Major Aviador Gláucio Octaviano Guerra. “É uma missão nobre, temos toda a preocupação em chegar a tempo. A espera dessa criança já deve ter sido muito longa até aqui”, afirmou.


Para a preservação do pequeno coração e sucesso da missão, o tempo é fundamental. O chefe da equipe, o cirurgião Fernando Atik, explicou a necessidade de fazer a retirada e o transplante do órgão com rapidez. “Fora do corpo, o coração tolera o funcionamento por no máximo quatro horas. É possível fazer o transplante depois desse tempo, mas a chance de sucesso diminui”, afirmou o médico.


O procedimento no Instituto de Cardiologia do Hospital das Forças Armadas do Distrito Federal foi um sucesso, e a menina se recupera na UTI, com esperanças de alta após o Carnaval.


Para o Chefe do Subdepartamento de Operações, Brigadeiro-do-Ar Luiz Cláudio Ribeiro da Silva, “toda a missão contou com um grande envolvimento do SISCEAB, especialmente do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do CINDACTA I, em Brasília”.


“Graças a presteza de todos os órgãos envolvidos a aeronave decolou no menor espaço de tempo possível e teve sua trajetória em rota e na chegada em Brasília facilitada”, conclui o Brigadeiro.


 


Fontes: O Dia, COMAR III e ASCOM/DECEA

Edição: Telma Penteado (RJ 22794 JP) - telmatbp@decea.gov.br