Departamento de
Controle do Espaço Aéreo

Enquanto torcedores dos times brasileiros Botafogo e Atlético Mineiro se organizavam para assistir à final da Copa Libertadores da América de 2024, que aconteceu no último sábado (30), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) garantia a segurança e a eficiência das operações aéreas em virtude do jogo, que ocorreu no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

O evento teve um impacto direto no setor aéreo, gerando um aumento considerável na demanda de voos entre o Brasil e a Argentina. Como a demanda de origem teve sua concentração no espaço aéreo brasileiro, coube ao Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) aplicar as medidas de gerenciamento de fluxo com a finalidade de apoiar a Argentina no desafio de manter o balanceamento entre a demanda e a capacidade.

O gerenciamento envolveu um planejamento minucioso dos fluxos das aeronaves saindo do Brasil e ingressando no espaço aéreo do Uruguai, bem como de chegada para a Área Terminal de Buenos Aires, na Argentina.

Com o objetivo de não congestionar a FIR-SUEO (Montevideo - Uruguai), o CGNA aumentou para 40NM (milhas náuticas) a separação longitudinal entre as aeronaves, procedentes da FIR-CW (Curitiba) - o que significa pouco mais de 74km de separação entre os voos. Normalmente, esta separação varia entre 10NM e 30NM.

Com o aumento na quantidade de passageiros, as companhias aéreas e as empresas de táxi aéreo realizaram voos especialmente para atender essa demanda, trazendo a necessidade de uma atuação coordenada entre os órgãos de gerenciamento de fluxo do Brasil, do Uruguai e da Argentina.

Uma atenção especial foi dispensada aos voos diretos, especialmente saindo das principais capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. O CGNA aumentou o intervalo mínimo, de 2 para 5 minutos, entre as decolagens dos Aeroportos do Galeão, Guarulhos e Confins com destino aos Aeroportos de Ezeiza, Aeroparque e San Fernando.

“A atuação do CGNA foi um exemplo de planejamento eficaz, envolvendo ajustes nas operações aéreas e a coordenação entre os Estados, desde a Fase Pré-Tática até sua execução. O evento foi um sucesso para todos os envolvidos, mostrando como os processos de coordenação podem garantir a fluidez, a segurança e a eficiência do espaço aéreo antes, durante e depois de grandes eventos internacionais”, declarou o Chefe da Seção de Análises Pré-Táticas do CGNA, Tenente André Luís Santos da Rocha. 

Assessoria de Comunicação Social do DECEA

Texto: Ten André Rocha

Edição: Ten Fernandes

Revisão: Cap Av Rodrigues

Imagem: CGNA