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DECEA realiza mais uma reunião técnica com especialistas no Aeroporto de Jacarepaguá

publicado: 18/11/2021 16:00

 




O ruído ao redor dos aeroportos de grandes centros é um desafio e um tema cotidiano para os moradores de regiões próximas. Nos últimos meses, a atenção está voltada para o Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR) depois de reivindicações, recebidas pelos órgãos responsáveis, da comunidade vizinha e bairros adjacentes sobre ruído aeronáutico.

Localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, o aeroporto é vocacionado para a operação de voos visuais, ou seja, sem a utilização de equipamentos de auxílio à navegação. O trafego aéreo deste aeroporto é de aeronaves de pequeno e médio porte operadas pela aviação geral, além de atividade offshore, ou helicópteros que operam em plataformas de exploração de petróleo e gás fixas ou flutuantes.

O SBRJ funciona das 5 horas da manhã até às 10 da noite. Sua capacidade máxima de operação é de 31 movimentos por hora contabilizando mais de sete mil movimentos entre pousos e decolagens.

Por definição, ruído aeronáutico se refere às operações de circulação, aproximação, pouso, decolagem, subida, rolamento e teste de motores de aeronaves. Segundo o engenheiro Bruno Pereira, representante da Infraero, a organização é responsável pelo Plano Específico de Zoneamento de Ruído (PEZR). A medição é feita por estações de monitoramento de ruídos, que é de responsabilidade do operador aeroportuário.

A Infraero, através de sua Comissão Local de Gerenciamento de Ruído Aeronáutico (CLGRA), elabora anualmente um relatório de gerenciamento de ruído que é apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com as principais solicitações que dão entrada pela Ouvidoria, além de medidas pertinentes aos seus limites de competência.

Para mitigar a questão do ruído, no entorno do SBJR, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) em busca de soluções que atendessem os setores envolvidos, mantendo o nível de desempenho da segurança operacional e do fluxo de tráfego aéreo, que está diretamente associado à vocação do aeroporto.

Fazem parte do GT: o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), a NAV Brasil (empresa responsável pelo tráfego no aeródromo), a Infraero – administração aeroportuária – e representantes de empresas operadoras de helicópteros.

Na semana passada, foram realizadas duas reuniões técnicas no auditório da Infraero, no Aeroporto de Jacarepaguá, com especialistas do DECEA, do CRCEA-SE, da NAV Brasil, do administrador aeroportuário, Petrobras, e operadoras das aeronaves daquela localidade.

O CRCEA-SE, Órgão Regional subordinado ao DECEA, apresentou o histórico da confecção da Carta Aeronáutica Visual (VAC) do aeroporto, desde 2012. Assim, foi possível constatar que a configuração de navegação continua a mesma, ou seja, as aeronaves de asa fixa e rotativa fazem sistematicamente trajetórias idênticas, não houve mudança de rotas.

Em 2015 e 2019, foram feitas atualizações na VAC, sem nenhuma alteração nos portões de acesso ao circuito do tráfego da região. Em agosto deste ano, o DECEA emitiu a Publicação de Informação Aeronáutica (Suplemento AIP) nº 93, com uma alteração significativa para o tráfego aéreo local. O documento informa sobre a elevação na altura que as aeronaves evoluem no circuito de tráfego, o que significa que os procedimentos de voo (pouso e decolagem) são realizados em altitudes mais altas diminuindo o ruído no entorno.

Enquanto prestador de serviço de navegação aérea, o DECEA tem como princípio essencial “ser reconhecido como referência global em segurança, fluidez e eficiência no gerenciamento e controle integrado do espaço aéreo”.

De acordo com o Chefe da Divisão de Coordenação e Controle do Subdepartamento de Operações do DECEA, Tenente-Coronel Aviador Diego Henrique de Brito, foi consenso entre os envolvidos a mudança no perfil (altitude) da circulação visual.

“Todas as iniciativas do DECEA, feitas de forma colaborativa com órgãos de governo e empresas, são no sentido de encontrar as melhores práticas em prol da sociedade. É um compromisso. Não é à toa que o Brasil ocupa posição de destaque no cenário da aviação mundial, é um reflexo de sua missão de prestar um serviço de excelência, em consonância com as recomendações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), da qual somos signatários desde 1944”, pontuou.

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Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Gisele Bastos (MTB 3833 PR)
Fotos: Fábio Maciel (MTB 33110 RJ)