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DECEA realiza Exercício Preparatório à sexta edição do Guardião Cibernético

publicado: 08/10/2024 10:20

 






Cada vez mais a internet é parte relevante das nossas vidas, tanto no âmbito pessoal, quanto profissional. O fluxo de comunicação é incessante e a proteção de dados é prioridade.

Incontáveis são os exemplos dos chamados crimes virtuais e quando nos referimos às instituições governamentais e atividades de alta complexidade, como as da aviação civil, segurança nos ambientes digitais é vital.
Com o objetivo de treinar ações de proteção cibernética, nos dias 03 e 04 de outubro, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Subdepartamento Técnico (SDTE) realizou, o Exercício Preparatório à sexta edição do Guardião Cibernético, que é um evento nacional do Exército Brasileiro que será realizado entre os próximos dias 14 e 18.

Ambientes realistas de ataques cibernéticos que comprometem sistemas e equipamentos foram criados para que as equipes participantes pudessem proteger seus sistemas de Tecnologia da Informação, contribuindo, assim, para o aumento da resiliência cibernética no Brasil, no que diz respeito o serviço de controle do espaço aéreo.

Os exercícios foram realizados por equipes dos Regionais (os quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – CINDACTA e o Centro Regional de Controle de Tráfego Aéreo – Sudeste – CRCEA-SE); do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA); do Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER); do Centro de Gerenciamento Técnico (CGTEC) do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ); Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC); do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA); e membros dos Subdepartamentos Técnico, Operacional e Administrativo do DECEA.

Como observadores do exercício estavam presentes a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) e o Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), órgão responsável pela defesa cibernética da Força Aérea Brasileira.

Em suas palavras de abertura, o Chefe do Subdepartamento Técnico, Brigadeiro Engenheiro André Eduardo Jansen, enfatizou a relevância do exercício, que, para ele, “é o da maior importância dentro do cenário de segurança cibernética do nosso Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”.

“O Subdepartamento Técnico exerce toda a governança no sentido de garantir a disponibilidade, a integridade e a resiliência de toda a nossa rede de equipamentos, sistemas, redes de comunicações. A resiliência cibernética é muito importante para garantir a segurança das operações e o cumprimento da missão em última análise”, reforçou o Brigadeiro Jansen.

Todo este trabalho de avaliação está alinhado ao Plano de Resiliência Cibernética do Comando da Aeronáutica e permitirá ter uma visão do que pode ser melhorado dentro do escopo da segurança cibernética da aviação no País.
Por mensagem em vídeo, o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, ressaltou o cenário da aviação na perspectiva da segurança no ambiente virtual.

“Esta simulação é fundamental para nos prepararmos para o desafiador cenário de segurança cibernética que enfrentamos. Sabemos que o mundo digital evolui a passos largos e, com ele, as ameaças também se tornam cada vez mais sofisticadas e complexas”.

O DGCEA citou, como exemplo, o recente ciberataque à Torre de Controle do Beirute e ataques como o Spoofing (falsificação de dados, com afirmação de que uma informação é real e legítima, sendo que na verdade ela não é), preocupação que foi citada diversas vezes na 14ª Conferência de Navegação Aérea.

Em suas palavras de encerramento, o chefe da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicações (DTIC) do Subdepartamento Técnico, Coronel Engenheiro Marcos Aurélio Valença Belchior, destacou o sucesso da simulação, que demanda velocidade de reposta tanto nos quesitos técnicos e operacionais, quanto no contato com os setores jurídico e de comunicação social, que mediará a interface com a imprensa.

“Os resultados desse exercício estão sendo essenciais para, em conjunto, elaborarmos um Plano de Contingência Cibernética completo. Neste último ano avançamos, ganhamos maturidade e velocidade de respostas, o que é muito importante, porque os ataques cibernéticos estão evoluindo, inclusive com uso de Inteligência Artificial. Com um plano maduro, estaremos preparados para este cenário”, ponderou o Coronel Belchior.

Assessoria de Comunicação Social – ASCOM DECEA
Texto: Telma Penteado
Fotos: Luiz Eduardo Perez
Revisão: Cap Av Rodrigues