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DECEA pronto para a Operação OSTIUM
Fronteira Oeste protegida. Essa é a premissa da primeira diretriz do Estado-Maior da Aeronáutica em 2017. Denominada OSTIUM, a operação ativada da Força Aérea Brasileira visa concentrar Unidades terrestres e aéreas nos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso para combater os tráfegos ilícitos da região.
Cascavel - PR
Para tal, coube ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) desdobrar meios para incrementar a cobertura radar, bem como prover uma estrutura de comando e controle (C2) em prol das atividades aéreas.
O planejamento no DECEA começou ainda em janeiro no seu Subdepartamento de Operações. Através do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), seus Esquadrões do Sul seriam acionados para deslocar dois sistemas radar TPS-B34M de Canoas-RS (2º/1º GCC - Esquadrão Aranha) e Santa Maria-RS (4º/1º GCC - Mangrulho) para, respectivamente, Corumbá-MS e Chapecó-SC. Além disso, o 1º GCC deveria acionar seu Esquadrão de Comunicações (1º/1º GCC -Esquadrão Profeta) para o suporte de Comando e Controle para as Unidades Aéreas em Foz do Iguaçu-PR, Cascavel-PR e Dourados-MS, além de instalar uma Estação Remota de Data Link transportável em Cuiabá-MT.
Dourados - MS
As atividades de preparo para os deslocamentos já tiveram seu início em fevereiro, sendo concluídas durante o feriado do Carnaval.
Tudo pronto e em sincronia, no dia 1º de março foi iniciada a movimentação.
O 4°/1° GCC, com pouco mais de 40 militares, venceria os 430 km por via terrestre com caminhões, carretas e outras viaturas, transportando seu sistema radar para o sítio escolhido ao sul da cidade de Chapecó-SC.
Chapecó - SC
Concomitante, começavam as “pernadas “de C-130 entre Canoas e Corumbá para o deslocamento do sistema radar do 2°/1° GCC. Se a logística para esse transporte já demandou um significativo esforço e perfeita coordenação dos cerca de 25 militares envolvidos, mais ainda foi necessário para superar o deslocamento terrestre subsequente, entre o aeroporto e o alto da mina de minério de ferro da empresa Vale do Rio Doce. Lá, no topo do Morro do Urucum, com o sítio radar instalado, a vista impressionante presenteou a conclusão de um belo trabalho.
Foz do Iguaçu - PR
No passo seguinte, devidamente checados pela aeronave laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), os radares foram homologados e passaram a integrar a síntese do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), aumentando a sua capacidade de detecção a baixa altura, tanto para emprego militar, quanto para o controle do tráfego aéreo civil.
Dourados - MS
Na mesma linha temporal, o 1º/1º GCC se preparava para, a partir da legendária Base Aérea de Santa Cruz, hoje Ala 12, para diferentes localidades nas asas do C-130, C-105 e C-95. A missão seria ativar Salas Móveis de Operações Aéreas nos aeroportos de Foz do Iguaçu, Cascavel e Dourados, provendo a ligação via satélite das Unidades Aéreas com os Centros de Controle e com o Comando de Operações Aeroespaciais, órgão responsável por conduzir a operação.
Embarque do Transceiver Group (em Canoas) no C130 (modal aéreo) para Corumbá
O Esquadrão Profeta também concluiu os enlaces para visualização das imagens geradas pela aeronave remotamente pilotada da FAB através de links de microondas e do SISCOMIS (Sistema de Comunicações Militares por Satélites). De igual precisão, instalou um sistema DLRS-T (Data Link Remote Station Transportável), que permite a integração dos dados e voz da aeronave radar E-99 com o CINDACTA II.
2º/1º GCC em Corumbá
Dessa forma, pronto para o longo período de atividades, em uma demonstração de planejamento, pronta-resposta, mobilidade e operacionalidade, o DECEA ratifica seu compromisso dentro da missão da FAB na manutenção da soberania nacional, colaborando com os demais Grandes Comandos para a certeza do sucesso da Operação OSTIUM.
Fonte e fotos: Comando do 1º GCC
Edição: Daisy Meireles