Departamento de
Controle do Espaço Aéreo

Após o sistema ser apresentado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), concluiu-se que poderia atender às necessidades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), quanto à realização de testes operacionais.

Desde então, o DECEA tem promovido ações para adequação e utilização desta ferramenta de trabalho em parceria com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO).

Nos dias 7 e 8 de maio, representantes do DECEA; do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA); das Seções de Instrução e Atualização Técnica (SIATs) dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs I, II, III, IV),  do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) e do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) reuniram-se com a INFRAERO, na EPTA de São Paulo/Guarulhos para conhecerem o SSTO.

Nesse período, os participantes conheceram em detalhes cada funcionalidade do Sistema e tiveram a oportunidade de visualizar amplamente a ferramenta e uniformizar suas ideias a respeito do software em questão, norteando-se na sua futura utilização no âmbito do SISCEAB.

A apresentação foi realizada pelo gerente da EPTA Rio de Janeiro/Galeão, José Ricardo Gramelich Guerra, e pela coordenadora de Avaliação Operacional da mesma unidade, Guadalup Neuza Grabert Baranjak.

“A implantação do sistema promoverá a redução de custos, tanto da INFRAERO quanto do DECEA, bem como a atualização técnica dos profissionais que desempenham atividades operacionais no âmbito do SISCEAB”, ressaltou José Ricardo Gramelich.

No período de 9 a 11 de maio, nas instalações do ICEA - órgão gerenciador da aplicação dos testes operacionais pelo DECEA -, o grupo de trabalho reuniu-se para conhecer os processos e procedimentos adotados pelas SIATs na aplicação de provas, com a finalidade de definir e implementar estratégias para a adoção do SSTO.

Segundo o desenvolvedor de sistemas da Assessoria de Comunicação Social do DECEA, João Ximenes, o trabalho com a INFRAERO tem sido ótimo. "Foram realizadas mais de dez reuniões com a equipe de desenvolvimento para mapeamento dos requisitos e estruturação de uma modelagem compatível entre o sistema. A documentação de requisitos está sendo finalizado e a expectativa é de iniciar a operação paralela em março de 2019".

Quanto às vantagens do sistema, mais de seis mil provas anuais deverão ser aplicadas em todas as localidades do Brasil, na modalidade à distância. "Com a gerência do ICEA, um bom planejamento proporcionará uniformidade e padronização na execução dos processos de aplicação de provas”, comenta o representante do Subdepartamento de Operações do DECEA na implementação do Sistema, Capitão Aviador Rafael Domingos Rodrigues.

Como resultado dessas reuniões, foi definido um plano de ação para a absorção do sistema, que se chamará "Sistema de Gerenciamento de Testes Operacionais" - o SGTO, no qual está previsto o início de uma série de ações, tais como: revisão de um banco de aproximadamente 12 mil questões; atualização de manuais de diversas especialidades; aplicação de testes simulados em todos os regionais; definição de processos para elaboração e aplicação dos testes; composição de uma equipe de especialistas, que ficará responsável por atualizar e criar questões relacionadas às legislações pertinentes às diversas áreas de atuação.

Caberá ao SGTO somente o gerenciamento de questões e aplicação da prova. Toda a disponibilização de dados dos profissionais que devem realizar a prova será feita por meio de um serviço dado pelo Sistema de Gerenciamento de Pessoal Operacional (SGPO). Após a realização do teste, o resultado será disponibilizado também via serviço ao SGPO que, a partir do resultado, tomará iniciativas quanto à habilitação. "É um jogo de ganha-ganha, pois tira uma carga desnecessária do Sistema de Testes Operacionais e fortalece o uso do Sistema de Pessoal Operacional”, ressaltou João Ximenes.

A sua utilização pelo DECEA representará modernização e avanço nos processos de testagem dos operadores em todo o País. Outros benefícios latentes consistem na redução na carga de trabalho das SIATs, no que se refere à aplicação dos testes, diminuição dos custos para sua aplicação fora da sede do órgão e operacionalização de procedimentos administrativos necessários para sua efetivação.

 

Reportagem: Capitão Domingos e Suboficial Jomar Sales Lisboa
Edição: Daisy Meireles