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DECEA apresenta evolução da Navegação Baseada em Performance (PBN) em Brasília

publicado: 06/09/2013 11:35

 




O Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Rafael Rodrigues Filho, esteve em Brasília, no Comando da Aeronáutica, nesta quarta-feira, 4 de setembro, para divulgar o Projeto de Navegação Baseada em Performance (PBN, do inglês, Performance Based Navigation), uma das ações do Programa Sirius.

O evento reuniu o Alto Comando da Aeronáutica, além de diretores e executivos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Gol Linhas Aéreas, da General Eletric Aviation e de empresas da aviação.

As operações com o PBN foram iniciadas em 2010, nas terminais de Brasília e Recife.  A partir de dezembro deste ano, o procedimento será realizado nas principais terminais do país, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2015, o DECEA viabilizará as operações PBN também nas terminais de Belo Horizonte e Salvador.

Conceito associado à utilização do GNSS – Sistema Global de Navegação por Satélite, o PBN permite o atendimento de requisitos de performance associados a todas as fases de voo – rota, área de controle terminal e aproximação para pouso–, por meio da combinação de sistemas de navegação satelitais – sistemas no solo e instalados a bordo das aeronaves.

Em sua apresentação, o Tenente-Brigadeiro Rodrigues Filho destacou informações sobre a evolução do Projeto, com destaque para as rotas já implantadas: 54 voos domésticos e 61 internacionais, e mais 50 em fase de implantação.

O Diretor-Geral relatou ainda o histórico e os principais benefícios do PBN: “reduz a distância voada, aumenta a eficiência do espaço aéreo, reduz o consumo de combustível, diminui a emissão de CO2 e de ruído aeronáutico”.

Em seguida, o Coronel Aviador Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, Adjunto do Subdepartamento de Operações (SDOP), fez um descritivo sobre o planejamento do DECEA na implantação do Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM Nacional), ou Programa Sirius, que está alinhado conceitualmente à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

Para gerenciar o controle do tráfego aéreo no Brasil correspondente a 22 milhões de Km² – considerando o espaço territorial e sobrejacente à área oceânica – o DECEA dispõe de 41 Centros de Controle de Aproximação (APP), 59 Torres de Controle (TWR), distribuídos em cinco Regiões de Informação de Voo (FIR), cinco Centros de Controle de Área (ACC), com um total de 14 mil pessoas colaborando com o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

“É um sistema que tem uma capilaridade muito grande no Brasil, mas temos que lembrar que o tráfego aéreo, principalmente no país, cresce uma média de 6% ao ano. Temos que estar preparados para um aumento de 100% a cada 10 anos e estar continuamente planejando para atender esta demanda”, frisou o Coronel Gustavo.

Os principais documentos que regem e direcionam o planejamento dos países com relação à concepção operacional levam em consideração os seguintes conceitos: 1) segurança operacional; 2) ser humano; 3) tecnologias; 4) informação; e 5) continuidade, ou seja, o sistema permanece em funcionamento durante o processo evolutivo.

O planejamento do DECEA, delineado até 2028, busca manter a coerência com o conceito operacional global, ou, Plano Global de Navegação Aérea, para que os demais países evoluam na mesma frequência no futuro.

O Coronel Gustavo chamou atenção para alguns empreendimentos do Programa Sirius: o PBN; a implementação do gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA); a melhoria dos serviços de navegação aérea nas bacias petrolíferas; a melhoria da consciência situacional com a automatização ATM e, ainda, a melhoria de qualidade e integridade dos dados de informação aeronáutica.

Em suas palavras, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar, Juniti Saito, incentivou as parcerias com os elos e operadores do sistema, e lembrou que o trabalho em equipe tem apenas um objetivo: o bem estar do usuário do transporte aéreo brasileiro. “O sucesso na fluidez e na segurança do tráfego aéreo torna-nos coesos – Estado e iniciativa privada – na contribuição para o desenvolvimento sustentável de todo o setor”, concluiu.

Histórico

Em 2008 foi elaborada pelo DECEA uma concepção específica para o planejamento das ações referentes ao então Conceito CNS/ATM: a Concepção Operacional ATM Nacional (DCA-351-2), também chamada de CONOPS.  A publicação refere-se ao planejamento, definições e orientações gerais do Programa Sirius.

Na versão atualizada, de abril de 2012, o Programa de Implementação ATM Nacional (PCA 351-3) estabelece mais detalhadamente  a estratégia de evolução do Sistema ATM Nacional, baseado em performance, visando atender às necessidades nacionais e assegurar que essa evolução seja harmônica e integrada e mantenha-se alinhada com a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) do DECEA
Reportagem: Gisele Bastos (Contato-Imprensa)
Fotos: 1S Paulo Rezende (CECOMSAER)