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DECEA participa de voos de teste com drones para transportar cargas do continente para plataformas na Bacia de Campos
Desde junho deste ano, o DECEA vem acompanhando os testes de operação de aeronaves remotamente pilotadas na Terminal de Macaé, com o objetivo de definir e avaliar o cenário operacional para realização de voos com drone em espaço aéreo controlado Classe C, com vigilância radar e uso do Sistema de Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B), cujos tráfegos serão gerenciados pelo Controle Macaé, órgão da NAV Brasil.
Região de grande relevância para o País, a Bacia de Campos, conhecida como a Capital Brasileira de Petróleo, possui mais de 45 plataformas, nas quais milhares de profissionais transitam numa movimentação média de 190 voos diários.
Neste cenário, os desafios logísticos são de grande complexidade e o uso de drones de apoio às demandas das plataformas é uma solução pioneira.
Recentemente, o DECEA acompanhou o inédito voo de longo alcance de um drone civil, que, partindo de um heliponto em Imbetiba, Macaé (RJ), chegou à uma plataforma marítima à 94 milhas náuticas (o equivalente à 172 Km) de distância.
Os testes foram divididos em fases. A primeira está sendo realizada no período noturno, sem operação conjunta de aeronaves tripuladas na Terminal Macaé.
Já a segunda fase será feita no período diurno, nos horários de menor número de voos de aeronaves tripuladas, caso todos os requisitos estabelecidos na primeira fase sejam atendidos. A preparação dos testes passou por um gerenciamento de risco contemplando planos de contingência e emergência para a manutenção da segurança do espaço aéreo.
O Controle de Aproximação Macaé da NAV Brasil é o responsável pela Terminal e trabalhou em conjunto com o DECEA para viabilização do projeto e supervisão dos testes.
Todos os controladores foram treinados e capacitados para realizar os procedimentos e atender às particularidades dos testes.
Além da solicitação de acesso ao espaço aéreo pelo Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas (SARPAS), os drones operando em espaço aéreo controlado devem possuir requisitos de Comunicação, Navegação e Vigilância equivalentes aos previstos para as aeronaves tripuladas, atendendo a todas as normas e regras em vigor.
De acordo com o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha , “a realização dos testes na Bacia de Campos permitirá a coleta de dados necessária para o desenvolvimento de uma terceira fase, que é a simulação em tempo real no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), com o objetivo de estudar um novo conceito chamado segregação dinâmica, que permite otimizar o uso do espaço aéreo comparado às atuais segregações previstas em norma”.
A operação da aeronave não tripulada dos testes é capaz de realizar operações noturnas e levar cargas de até 50 kg. Destaca-se, ainda, a redução do consumo de combustível e emissão de gás carbônico quando comparada às aeronaves tripuladas.
Assessoria de Comunicação Social – ASCOM DECEA
Texto: Telma Penteado
Fotos: Fábio Maciel
Revisão: Cap Av Rodrigues