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Conheça a rotina dos militares da FAB que trabalham no ponto mais alto e gelado do Sul do Brasil

No inverno, militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja superam os desafios para manter o funcionamento dos equipamentos


publicado: 28/08/2023 15:59

 




 

Os termômetros marcaram 2°C negativos na madrugada deste domingo (27/08), em Urubici, na serra catarinense, onde está localizado o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), organização subordinada ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II).

“Tivemos sensação térmica de 7°C negativos. Devido as baixas temperaturas, temos que usar o abrigo polar protegendo contra o frio. A manutenção dos equipamentos é extremamente difícil com temperaturas abaixo de zero e ventos que superam facilmente os 100 km por hora”, relatou o Sargento William Rafael Vieira, militar do efetivo do DTCEA-MDI.

A unidade conta com radares de vigilância e de meteorologia e sistemas de telecomunicações. Cerca de 40 militares têm a missão de prover os meios necessários para o controle, a segurança e a defesa do espaço aéreo no sul do Brasil.

A equipe técnica trabalha em sistema de plantão 24 horas para garantir o funcionamento desses equipamentos. No inverno, as condições climáticas severas e adversas tornam o trabalho desses militares um grande desafio.

Para evitar o congelamento, a velocidade dos ventos e proteger do frio os militares que precisam realizar a manutenção dos radares de vigilância aérea, esses equipamentos  possuem uma estrutura de proteção, conhecida como radome.

A complexidade da estrutura se justifica pela importância estratégica da região: além de ser rota do tráfego aéreo de voos internacionais da América do Sul, no trecho entre as cidades de Buenos Aires, na Argentina, e São Paulo, no Brasil, atende a um grande fluxo de aeronaves menores, como táxis aéreos.

“As informações coletadas pelo DTCEA-MDI são enviadas para várias Organizações Militares para realizar o controle do tráfego aéreo e permitir que se faça o acompanhamento das diversas aeronaves que voam nessas regiões”, afirmou o comandante do DTCEA-MDI, Tenente Márcio Souza Machado.

 

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Denise Fontes
Fotos: Fábio Maciel e DTCEA-MDI
Revisão: Tenente Raphaela Martorano


Assunto(s): CINDACTA II DTCEA-MDI