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Comitiva oficializa operação ADS-B na Bacia de Campos
publicado:
14/11/2018 19:52
Autoridades do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) visitaram as instalações da Estação Prestadora de Serviços de Tráfego Aéreo (EPTA) de Macaé, no último dia 14/11, para chancelar o início efetivo da operação ADS-B (Automatic Dependent Surveillance – Broadcast, em português, Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão) na Bacia de Campos.
Desde a madrugada do dia 8 de novembro, apenas aeronaves com a tecnologia embarcada estão sendo autorizados a acessar o espaço aéreo da região. O ADS-B é um sistema que propicia melhorias determinantes para a vigilância aérea ao permitir um maior número de amostras e mais parâmetros sobre as aeronaves do que é convencionalmente possível obter com o radar secundário.
O recurso viabilizará uma série de benefícios ao intenso tráfego de helicópteros da região, entre eles a visualização de todos os voos que diariamente voam do continente às plataformas de petróleo e gás e vice-versa na tela dos controladores de voo. Anteriormente, isso era inviável com os radares, dada a baixa altitude desse tipo de operação.
O diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, veio acompanhado do superintendente de Gestão de Navegação Aérea da Infraero, Marcus Vinicius do Amaral Gurgel; do chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino; do vice-presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Coronel Aviador Álvaro Wolnei; entre outros profissionais do DECEA, que atuaram diretamente na implementação do projeto.
Recebida pelo do gerente da EPTA Macaé, Ulisses Dias de Lima Areas, e pelo superintendente do Aeroporto de Macaé, Wagner Martins Chaves, a comitiva assistiu a uma breve apresentação do Tenente Marcelo Mello Fagundes, especialista em Comunicações, a respeito do histórico de implementação do empreendimento e visitou o Controle de Aproximação de Macaé (APP-ME) para verificar in loco os primeiros resultados e benefícios advindos do uso da ADS-B na região.
Para o diretor-geral do DECEA, esta é a conquista de um projeto inédito e pioneiro na América do Sul, onde todos os esforços, desde a sua concepção em 2009, consolidam-se, agora, na concretização material da implementação do conceito Communication Navigation Surveillance / Air Traffic Management (CNS-ATM) na Terminal Macaé. "Esta implementação, de grande importância para pilotos e profissionais que se deslocam todos os dias para as mais distantes plataformas marítimas, permitirá a prestação de um serviço de excelência no tráfego aéreo offshore, garantindo vigilância à baixa altitude, comunicação eficiente, otimização das rotas, produtos meteorológicos representativos, acessibilidade às plataformas e, sobretudo, aumento da segurança nas operações aéreas de nossos usuários", afirmou o oficial-general.
Benefícios para o tráfego aéreo local
O contínuo crescimento da aviação offshore terminou por exigir uma utilização mais otimizada do espaço aéreo do local. Responsável por mais de 80% da extração de petróleo no País, a Bacia de Campos abrange 115 mil km² de área, onde dezenas de plataformas marítimas extraem cerca de 1,5 milhões de barris de óleo e 22 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A magnitude desta produção exige, naturalmente, uma operação logística de grandes proporções, o que se reflete no transporte aéreo de pessoal e mercadorias entre o continente e as plataformas: cerca de 120 voos diários.
Esse tráfego intenso é exclusivamente composto por aeronaves de asa rotativa. Helicópteros de grande porte que voam grandes distâncias entre a costa fluminense e as plataformas. Dado o tipo de tráfego (sobre o oceano e de baixa altitude), estes voos estavam fora do alcance do radar.
São, ao todo, seis estações receptoras de sinais ADS-B. Quatro no mar, instaladas sobre plataformas marítimas, e duas em terra firme. Elas estão integradas ao Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional (SAGITARIO), utilizado pelos ATCOs nos Controles de Aproximação (APP) do DECEA.
A partir desta interface, os controladores conseguem monitorar uma série de informações dos voos: identificação, altitude, velocidade, direção, localização. Tudo em tempo real.
O alcance da frequência de comunicação do Controle de Aproximação Macaé (APP-ME) com os pilotos também foi estendido. Com a absorção das áreas até então utilizadas por rádios de comunicação descentralizadas, o Serviço de Informação de Voo (FIS – Flight Information Service) do APP agora se estenderá aos setores de Albacora, Marlim e Enchova. Abrangerão todos os oito setores da Área de Controle Terminal de Macaé (TMA-ME).
Além da extensão do alcance da vigilância aérea (Radar e ADS-B) e do Serviço de Informação de Voo (comunicações VHF), a reestruturação da TMA-ME também propiciará, por conseguinte, outros benefícios. Entre eles, o aumento da consciência situacional dos pilotos, da regularidade das operações aéreas e da acessibilidade às plataformas. Sem mencionar o aprimoramento das informações meteorológicas com a disponibilização de oito novas Estações Meteorológicas de Superfície Automática (EMS-A).
No vídeo abaixo, o diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, explica os benefícios da iniciativa. Confira!
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Daniel Marinho – Jornalista
Fotos de Fábio Maciel
Vídeo (imagens e edição) - Marcelo Alves
Desde a madrugada do dia 8 de novembro, apenas aeronaves com a tecnologia embarcada estão sendo autorizados a acessar o espaço aéreo da região. O ADS-B é um sistema que propicia melhorias determinantes para a vigilância aérea ao permitir um maior número de amostras e mais parâmetros sobre as aeronaves do que é convencionalmente possível obter com o radar secundário.
O recurso viabilizará uma série de benefícios ao intenso tráfego de helicópteros da região, entre eles a visualização de todos os voos que diariamente voam do continente às plataformas de petróleo e gás e vice-versa na tela dos controladores de voo. Anteriormente, isso era inviável com os radares, dada a baixa altitude desse tipo de operação.
O diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, veio acompanhado do superintendente de Gestão de Navegação Aérea da Infraero, Marcus Vinicius do Amaral Gurgel; do chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino; do vice-presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Coronel Aviador Álvaro Wolnei; entre outros profissionais do DECEA, que atuaram diretamente na implementação do projeto.
Recebida pelo do gerente da EPTA Macaé, Ulisses Dias de Lima Areas, e pelo superintendente do Aeroporto de Macaé, Wagner Martins Chaves, a comitiva assistiu a uma breve apresentação do Tenente Marcelo Mello Fagundes, especialista em Comunicações, a respeito do histórico de implementação do empreendimento e visitou o Controle de Aproximação de Macaé (APP-ME) para verificar in loco os primeiros resultados e benefícios advindos do uso da ADS-B na região.
Para o diretor-geral do DECEA, esta é a conquista de um projeto inédito e pioneiro na América do Sul, onde todos os esforços, desde a sua concepção em 2009, consolidam-se, agora, na concretização material da implementação do conceito Communication Navigation Surveillance / Air Traffic Management (CNS-ATM) na Terminal Macaé. "Esta implementação, de grande importância para pilotos e profissionais que se deslocam todos os dias para as mais distantes plataformas marítimas, permitirá a prestação de um serviço de excelência no tráfego aéreo offshore, garantindo vigilância à baixa altitude, comunicação eficiente, otimização das rotas, produtos meteorológicos representativos, acessibilidade às plataformas e, sobretudo, aumento da segurança nas operações aéreas de nossos usuários", afirmou o oficial-general.
Benefícios para o tráfego aéreo local
O contínuo crescimento da aviação offshore terminou por exigir uma utilização mais otimizada do espaço aéreo do local. Responsável por mais de 80% da extração de petróleo no País, a Bacia de Campos abrange 115 mil km² de área, onde dezenas de plataformas marítimas extraem cerca de 1,5 milhões de barris de óleo e 22 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A magnitude desta produção exige, naturalmente, uma operação logística de grandes proporções, o que se reflete no transporte aéreo de pessoal e mercadorias entre o continente e as plataformas: cerca de 120 voos diários.
Esse tráfego intenso é exclusivamente composto por aeronaves de asa rotativa. Helicópteros de grande porte que voam grandes distâncias entre a costa fluminense e as plataformas. Dado o tipo de tráfego (sobre o oceano e de baixa altitude), estes voos estavam fora do alcance do radar.
São, ao todo, seis estações receptoras de sinais ADS-B. Quatro no mar, instaladas sobre plataformas marítimas, e duas em terra firme. Elas estão integradas ao Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional (SAGITARIO), utilizado pelos ATCOs nos Controles de Aproximação (APP) do DECEA.
A partir desta interface, os controladores conseguem monitorar uma série de informações dos voos: identificação, altitude, velocidade, direção, localização. Tudo em tempo real.
O alcance da frequência de comunicação do Controle de Aproximação Macaé (APP-ME) com os pilotos também foi estendido. Com a absorção das áreas até então utilizadas por rádios de comunicação descentralizadas, o Serviço de Informação de Voo (FIS – Flight Information Service) do APP agora se estenderá aos setores de Albacora, Marlim e Enchova. Abrangerão todos os oito setores da Área de Controle Terminal de Macaé (TMA-ME).
Além da extensão do alcance da vigilância aérea (Radar e ADS-B) e do Serviço de Informação de Voo (comunicações VHF), a reestruturação da TMA-ME também propiciará, por conseguinte, outros benefícios. Entre eles, o aumento da consciência situacional dos pilotos, da regularidade das operações aéreas e da acessibilidade às plataformas. Sem mencionar o aprimoramento das informações meteorológicas com a disponibilização de oito novas Estações Meteorológicas de Superfície Automática (EMS-A).
No vídeo abaixo, o diretor-geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, explica os benefícios da iniciativa. Confira!
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Daniel Marinho – Jornalista
Fotos de Fábio Maciel
Vídeo (imagens e edição) - Marcelo Alves