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CISCEA finaliza projeto de implantação da Estação Radar de Porto Murtinho, que entra em operação
Novo equipamento aumenta a capacidade de vigilância aérea na região de fronteira, permitindo aprimoramento na execução do Controle do Espaço Aéreo.
O sistema radar LP23SST-NG/RSM970S se destina à vigilância dos tráfegos aéreos, voando em rota, facilitando o trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo. Os radares aumentam a capacidade de vigilância aérea na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), por meio da detecção de aeronaves cooperativas e não cooperativas, podendo alcançar um raio de 450 quilômetros, a 30.000 pés, o que corresponde a quase duas vezes a área do Estado do Mato Grosso do Sul. Este sistema radar está preparado para operar 24 horas por dia, 365 dias por ano podendo ser conectado aos Centros de Controle através de uma grande gama de meios de transporte de dados, usando os protocolos de comunicação internacionalmente adotados em radar.
“Foram inúmeros os desafios enfrentados pela CISCEA durante a implantação desse radar, em tão curto espaço de tempo. Em 12 meses concluímos as obras de infraestrutura, a instalação do radar, os testes de aceitação, homologação e integração do radar ao Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CW). O resultado obtido foi possível graças ao apoio incondicional do Comando Militar do Oeste do Exército Brasileiro, tanto na cessão da área para a instalação do equipamento quanto na celeridade dos processos necessários”, declarou o gerente do projeto na CISCEA, o engenheiro Paulo Roberto P. Magalhães.
O chefe da Divisão Técnica da CISCEA destaca a evolução tecnológica dessa nova família de radares, além do fato de serem produzidos no Brasil. “A finalidade principal é compor a rede de radares que prestam o serviço de vigilância radar, em prol do controle do espaço aéreo, mas que também são dotados de funcionalidades militares, específicas dos radares utilizados pela defesa aérea. É importante destacar, também, a importância que a implantação desses radares proporciona, tanto no aspecto logístico quanto operacional, tendo em vista a existência de outras unidades similares em funcionamento no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)” - ressaltou o Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima.
A entrada em serviço desses novos equipamentos visa à potencializar a identificação de aeronaves voando a baixa altura na região de fronteira, trazendo benefícios operacionais, tanto para o controle civil de aeronaves, quanto para a defesa aérea, aumentando a capacidade de detecção de tráfegos não autorizados ou de emprego ilícito, colaborando, decisivamente, para o sucesso das ações de policiamento do espaço aéreo. Portanto, além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai proporcionar a ampliação da vigilância aérea, com foco no centro-oeste brasileiro.
Com a instalação dos radares de Corumbá, Porto Murtinho e Ponta Porã, o Brasil passará a contar com uma vigilância aérea que cobrirá toda a fronteira do Mato Grosso do Sul com os países vizinhos.
“A implantação de mais um sensor com tecnologia no estado da arte faz parte do trabalho incessante da Força Aérea Brasileira (FAB) em aprimorar a sua capacidade de vigilância, controle e defesa do espaço aéreo, reforçando as ações para a manutenção da soberania e segurança nessa área”, atestou o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.
RADARES
O equipamento de modelo LP23SST-NG, fabricado pela empresa Omnisys, faz parte de uma nova geração de radares primários de longo alcance, com capacidade para detectar aeronaves cooperativas e não-cooperativas. São equipados com a capacidade de altimetria, permitindo a identificação dos alvos com precisão, além de funções de proteção eletrônica que os resguardam contra interferências eletromagnéticas, sejam elas intencionais ou não.
Por meio da CISCEA, a FAB e a Omnisys assinaram, no final de 2018, um contrato para o fornecimento de três radares. As Estações Radar das localidades de Corumbá e Porto Murtinho já estão em operação e a próxima localidade a receber o equipamento é Ponta Porã, também no Mato Grosso do Sul.
Os radares são fabricados no Brasil pela empresa Omnisys, em São Bernardo do Campo (SP), o que permite rápido acesso à toda cadeia produtiva, agilizando os procedimentos de assistência técnica por parte do fabricante. O projeto prevê, ainda, a absorção do conhecimento técnico pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), visando à realização das atividades de manutenção preventiva e corretiva, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos.
Fonte e Fotos: Divisão Técnica da CISCEA
Reportagem: Camille Barroso - 1º Tenente Relações Públicas
Editado por Daisy Meireles - RJ 21523 JP