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CGNA coordena o transporte de órgãos pela FAB

Devido aos impactos da COVID-19, foram adotadas medidas de gerenciamento de tráfego aéreo entre os órgãos de controle das entidades internacionais


publicado: 20/04/2020 20:09

 






O Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), organização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), sediada no Rio de Janeiro (RJ), é o responsável pela coordenação da distribuição, por meio de transporte aéreo, dos órgãos para transplante no Brasil.

A unidade conta com duas posições da Central Nacional de Transplantes (CNT) em seu Salão Operacional, 24 horas por dia, para gerenciar a logística de distribuição.

Devido aos impactos da COVID-19, o CGNA vem adotando medidas de gerenciamento de tráfego aéreo, envolvendo a coordenação entre as entidades internacionais para prover a continuidade dos voos relacionados a causas humanitárias, emergência médica, busca e salvamento, verificação aérea, carga e voos de Estado.

De acordo com o comandante do CGNA, Coronel Aviador Sidnei Nascimento de Souza, as missões para transporte de órgãos não foram afetadas, apenas adotadas medidas de coordenação entre os órgãos de controle envolvidos no processo. “O CGNA vem participando ativamente, cumprindo o papel de coordenador dos voos e facilitador de todas as etapas envolvidas no transporte aéreo dos órgãos. Apesar das restrições de tráfego aéreo, a operação continua sem interrupção", ressalta.

A LATAM Cargo Brasil realizou no dia 17 de abril, pela primeira vez, o transporte de células para a Argentina. Atualmente, as aeronaves são as únicas que mantêm a liberdade de trânsito internacional devido ao papel que desempenham nos países.

O voo foi operado em um Boeing 767, exclusivo para transporte de cargas, que decolou de Viracopos (Campinas) e pousou no mesmo dia no aeroporto de Ezeiza (Buenos Aires). As células chegaram na Argentina para ajudar no tratamento de um paciente que tem Síndrome mielodisplásica, um tipo raro de câncer que interrompe a produção de células sanguíneas.

Logística do transporte de órgãos

A logística de uma missão de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ) é complexa. O processo de transporte de órgãos é iniciado quando a Central Nacional de Transplantes (CNT) é informada por alguma central estadual sobre a existência de órgão e tecido em condições clínicas para o transplante.



A CNT aciona as companhias aéreas para verificar a disponibilidade logística. Se houver voo compatível, os aviões comerciais recebem o órgão e levam ao destino. Quando não há, a coordenação logística do translado de órgão e tecido fica a cargo do Comando da Aeronáutica (COMAER).

Cabe ressaltar que, nestes casos, as aeronaves têm prioridade para pousos e decolagens. O tempo de preservação dos materiais orgânicos é um fator contribuinte para o sucesso dos transplantes.

O transporte realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) facilita o processo, tornando mais viável e ágil, devido as aeronaves terem condições para pousar em pistas e aeroportos menores, o que possibilita maior mobilidade fora das capitais.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes
Fotos: Luiz Eduardo Perez


Assunto(s): CGNA Covid-19