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Cerimônia marca término da participação do Brasil em missão no Haiti

A solenidade contou com a presença de autoridades das três Forças Armadas


publicado: 21/10/2017 18:08

 




Em homenagem aos militares que atuaram durante os 13 anos da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), o Ministério da Defesa, em parceria com a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira (FAB), realizou neste sábado (21/10), no Rio de Janeiro (RJ), uma cerimônia de encerramento da participação brasileira da missão de paz.

Estiveram presentes, o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, representando o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, além de autoridades das três Forças Armadas.

Em seu discurso, o Ministro da Defesa destacou a credibilidade que o Brasil possui junto às Nações Unidas e à comunidade internacional pelos mais de 70 anos como contribuinte para a paz no mundo. "Quero agradece aos militares pela dedicação, competência e profissionalismo. Estendo a todos, meu reconhecimento e admiração pela abnegação com que cumpriram cada dia suas missões", reconhece Raul Jungmann.

Na avaliação do Tenente-Brigadeiro Domingues, a participação dos militares no Haiti foi bastante positiva. “A FAB, além de realizar o transporte das tropas e dos suprimentos, teve uma atuação muito importante durante o terremoto. Foi oferecida assistência através da estrutura do Hospital de Campanha para atender aquela população tão carente”, destaca o oficial-general.

Devido ao terremoto em 2010, o rodízio foi cancelado e deu lugar à ajuda humanitária, que durou seis meses. Neste período, foram 219 voos, contabilizando mais de 4 mil horas de voo. Em relação ao transporte, somaram-se quase 5 mil pessoas e aproximadamente 1.900 toneladas de carga.

Trajetória – O processo de desmobilização foi iniciado em agosto, em Porto Príncipe, e concluído no dia 15 de outubro, quando encerraram as medidas de repatriação de pessoal e de material.

O Coronel Aviador Alexandre Nogueira de Sousa participou de missões de transporte aéreo logístico durante todo o período da missão de paz. “Eu fui um dos primeiros pilotos brasileiros a pousar no Haiti, em 2004”, relembra.

O oficial também foi voluntário na área de assuntos civis do 22º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 22), em 2015. “Apoiei as atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das instituições nacionais, além de realizar operações militares de manutenção da paz”, afirma.  

Experiências – Além do ganho operacional, a experiência no Haiti também deixou marcas em quem participou da missão. O Sargento Daniel Elias Velasco serviu entre novembro de 2013 e janeiro de 2014. “Poderia traduzir a ida ao Haiti como a missão da minha vida. Sou muito grato à Força Aérea Brasileira pela oportunidade”.

Para o Comandante do Pelotão da FAB, Tenente de Infantaria João Lourenço Espolaor Neto, o sentimento do grupo está voltado para o cumprimento do objetivo de representar o Brasil de maneira exemplar. “Foi uma experiência marcante de poder ajudar o povo haitiano. Passamos a valorizar as pequenas coisas do dia a dia. Acredito ter voltado melhor como pessoa após essa estada no Haiti. Um aprendizado único”.

Um dos grandes legados da missão no Haiti foi o aprendizado operacional, sendo utilizado em grandes eventos. “Estou atuando em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que ocorrem no Rio de Janeiro”, conclui o infante.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes – Jornalista
Fotos: Fábio Maciel


Assunto(s): DECEA Haiti missão de paz