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Bem-estar e eficiência: conheça a rotina dos controladores de voo do DECEA

publicado: 09/09/2024 16:13

 




Controlar o espaço aéreo dia e noite, 365 dias por ano. Para cumprir esta missão, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) conta com um efetivo total de 4.524 Controladores de Tráfego Aéreo. De acordo com o Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, cerca de 3.800 militares deste efetivo correspondem à função operacional. O número de militares do efetivo é apropriado para atender as necessidades da escala, de maneira que não falte controlador para exercer tais funções.

“O DECEA busca prover o descanso necessário para que todo controlador possa exercer suas atividades de forma efetiva e segura. O controle de tráfego aéreo é um tema explorado pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), através de um manual de gerenciamento e supervisão da fadiga, a qual é replicada pelo DECEA  de modo a garantir ao pessoal operacional as medidas necessárias para que a atividade ATC seja exercida dentro dos melhores padrões de qualidade e segurança”, observou o Chefe da Seção de Normas ATM do SDOP, Capitão Joaquim Tavares Lobo Junior.

Baseado nas orientações da OACI, a Instrução de Comando da Aeronáutica (ICA) 63-33 estabelece os critérios para a criação, ativação e desativação de posições operacionais, definição de carga de trabalho mensal e a elaboração de escalas de serviço operacional dos órgãos que prestam os Serviços de Controle de Tráfego Aéreo. Os controladores estão distribuídos por todo o Brasil, podendo atuar nos Centros de Controle de Área (ACC), no Controle de Aproximação (APP) ou nas Torres de Controle de Aeródromo, garantindo a separação entre as aeronaves nos espaços aéreos controlados e fornecendo informações de voo e alerta aos pilotos - ações que visam garantir a segurança operacional no espaço aéreo brasileiro.

Considerando a média de movimentos aéreos dos últimos 3 anos, a ICA 63-33 classifica os órgãos de controle em quatro classes. Limitar a carga horária mensal e diária é um mecanismo que permite a recuperação adequada da fadiga acumulativa. A duração máxima de cada período de ocupação das posições operacionais, nas classes 1 e 2 – órgãos mais movimentados - é de duas horas ininterruptas. Já para as classes 3 e 4 – órgãos menos movimentados - três horas. Nas quatro classes, o trabalho pode chegar a quatro horas ininterruptas, cuja aplicação é restrita a períodos de baixa demanda.

“A psicologia também tem uma atuação muito importante no controle de tráfego aéreo, principalmente quando a gente passa por algum incidente ou acidente. Se observado alguma situação ou comportamento atípico com os controladores, os psicólogos atuam rigidamente para garantir a segurança operacional”, declarou a Auxiliar do Setor de Serviços de Tráfego Aéreo, Sargento Patrícia Elizete Barbosa Ferreira da Costa, que já atuou no salão operacional.

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Tenente Fernandes
Revisão: Capitão Aviador Rodrigues
Foto: Fábio Maciel