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Portal Operacional do CGNA é referência internacional

publicado: 21/09/2016 18:33

 




Há décadas a internet vem facilitando a vida das pessoas de diversas maneiras, especialmente nos campos do estudo e do trabalho. Informações não faltam – o que, por vezes, pode representar um grande problema. Observa-se que não é raro encontrar sites e blogs que replicam dados incompletos, equivocados ou até deturpados, compromentendo e prejudicando a qualidade das pesquisas.

Saber navegar por meio da rede mundial de computadores é fundamental para que tais pesquisas sejam produtivas e, dependendo do propósito do trabalho a ser realizado, a responsabilidade pelas informações vai aumentando significativamente e a credibilidade da fonte é vital para assegurar a veracidade dos dados.

Um dos exemplos dessa necessidade é a garantia da fidelidade dos dados no que tange à atividade de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM), visando o planejamento dos voos nacionais e internacionais, bem como a coordenação das operações aéreas durante os grandes eventos, como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, a Jornada Mundial da Juventude e, mais recentemente, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Encontrar informações fidedígnas acerca de normas, contingências, capacidades de pistas e setores de controle de tráfego aéreo, informações aeronáuticas e condições meteorológicas é uma tarefa complexa que exige a convicção no tocante à veracidade das publicações.

Com o intuito de reunir numa só ferramenta todo esse conteúdo, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) lançou seu Portal Operacional com acesso na internet, alcançando patamares elevados e notoriamente abrangentes, sendo, hoje, uma referência internacional no campo da aviação.

Essa projeção internacional embasada na competência não é novidade para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), tampouco para o CGNA, sua unidade operacional responsável pelo gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo.

O Coronel Aviador Luiz Roberto Barbosa Medeiros, Chefe do CGNA, destaca que, dentre os países-membros da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o Brasil é referência mundial na atividade de controle do espaço aéreo, e ressalta que as funcionalidades do Portal Operacional, somadas aos sistemas que integram as operações de controle e defesa, são de suma importância para a manutenção da segurança e fluidez da navegação aérea.

Neste ano, após sete meses de trabalho, o CGNA disponibilizou seu Portal Operacional na internet (https://portal.cgna.gov.br), voltado para os usuários do espaço aéreo, como pilotos, controladores de tráfego aéreo, companhias aéreas, órgãos públicos afins, dentre outros entes vinculados à aviação.

No Portal é possível acessar diversas informações, tais como:

- Estrutura do Espaço Aéreo Brasileiro;

- Publicações aeronáuticas;

- Briefings Meteorológicos;

- Sistema de Tempo Severo Convectivo;

- Monitoramento de obras e inoperâncias em todo o território nacional;

- Contingências;

- Capacidade de pista dos aeródromos;

- Setorização em tempo real;

- Medidas de Gerenciamento do Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM);

- Anuários estatísticos de tráfego aéreo; e

- Dados relativos a eventos especiais e datas comemorativas.

Todos os dados são diuturnamente atualizados e disponibilizados de modo ostensivo, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Ressalta-se a relevância do Portal para a compreensão e o acompanhamento das quatro fases do ATFM, a saber:

- planejamento estratégico;

- planejamento pré-tático;

- operações táticas; e

- pós-operações.

A primeira fase, a do planejamento estratégico, tem início antes das 24 horas que antecedem às operações e está voltada para a melhoria dos processos, com medidas proativas que permitem a flexibilidade e economia no que se refere às operações aéreas em condições normais.

Na fase pré-tática, que ocorre no período entre 24 horas e 06 horas antes da entrada em vigor das ações, o planejamento estabelecido na fase anterior é atualizado, com informações mais acuradas sobre a evolução da capacidade, levando-se em conta os dados meteorológicos, a infraestrutura da atual conjuntura, eventos especiais, dentre outras informações de alta relevância para as tomadas de decisão.

A terceira fase, das operações táticas – que se iniciam 06 horas antes do início de um evento e perduram até o término das ações operacionais – tem por objetivo acompanhar o andamento das ações e, na ocorrência de fatores inesperados, empregar medidas mitigadoras de impactos no fluxo.

Por fim, imediatamente após o término do evento, se inicia a fase pós-operações, na qual são analisados os dados obtidos nas fases anteriores, com o objetivo de aprimorar o planejamento e as execuções futuras.

Como se vê, o Portal Operacional do CGNA é mais uma prova da qualidade e eficiência dos serviços prestados pelo DECEA, que constitui um legado a todos os usuários do espaço aéreo brasileiro.

Fonte: CGNA
Revisão: Telma Penteado – Jornalista ASCOM DECEA
Fotos: S2 Galino (CGNA)