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Novos sorrisos em Bom Jesus da Lapa - BA

Missão de Assistência Integrada Itinerante contempla efetivo do DTCEA-LP


publicado: 27/09/2019 10:02

 




A Unidade Básica de Saúde (UBS) compartilhada São Gotardo/Nossa Senhora da Soledade cedeu espaço para o atendimento odontológico aos militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Bom Jesus da Lapa (DTCEA-LP), prestado pela Odontoclínica de Aeronáutica do Recife (OARF).

A UBS faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que atende à população da cidade com pré-natal, odontologia, hiperdia (cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus), preventivo ginecológico e planejamento familiar, além de saúde complementar, como fisioterapia, psicologia, nutrição e serviços social e farmacêutico.

As coordenadoras da UBS compartilhada, Suellen Menezes dos Santos e Fabíola Sampaio Vargão, receberam a equipe da OARF e se colocaram à disposição para cooperar no que fosse necessário durante a missão.

A missão de assistência integrada itinerante, coordenada pelo Subdepartamento de Administração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), teve como objetivo atender o efetivo do DTCEA-LP e seus dependentes. A falta de clínicas credenciadas em Bom Jesus da Lapa justifica a importância da missão na localidade, contribuindo para a qualidade de vida das famílias dos militares lotados naquele Destacamento.

Acionada pelo Capitão Fábio de Almeida Gomes, comandante do DTCEA-LP, a dentista Daniela Rocha, coordenadora odontológica da Secretaria de Saúde de Bom Jesus da Lapa, atuou para que a missão fosse executada naquela UBS.

"Temos uma boa parceria. Sempre que temos uma urgência a Secretaria de Saúde nos atende. E, quando há campanha de doação de sangue, o efetivo sempre colabora. Nessa missão do DECEA, que muito nos beneficia, pedi um espaço para o atendimento, e eles, prontamente, nos ajudaram" - declarou o capitão.

A UBS disponibilizou metade do consultório dentário, já equipado, tendo em vista que uma dentista estava em período de férias, e uma outra sala de observação, onde foi montada a cadeira portátil da OARF.

A missão aconteceu no período de 16 a 19 de setembro e teve como objetivo o atendimento odontológico integral aos militares da ativa, reserva e dependentes da Força Aérea Brasileira, assim como também da Marinha do Brasil, que mantém na cidade uma Agência Fluvial, comandada pelo Capitão-Tenente André Luiz Moura Mateus.

Os quatro dentistas - Major Joice Mara Becker, 2º Tenente Alto Nadler, 2º Tenente Ryhan Menezes Cardoso e 2º Tenente Juliana Souza Nahum de Oliveira - e os dois auxiliares odontológicos - 1º Sargento Thiago Rodrigues Evangelista e Cabo Pedro Mickael de Souza Santos - militares da OARF trabalharam nesses quatro dias com afinco e total dedicação aos pacientes.

Foram atendidas nessa missão 54 pessoas. Dentre os 264 procedimentos, destacamos raspagem periodontal, profilaxia dentária, aplicação de flúor, orientação de higiene bucal, restaurações de resina, restaurações de ionômero de vidro/atraumáticas, tratamento de canal, extrações dentárias, cirurgia periodontal estética, anestesias e radiografias.

As experiências

O Tenente Alto revelou sua satisfação em poder ajudar ao efetivo do DTCEA-LP: "Foi uma grande experiência de vida e realização profissional. A gente se acostuma com as facilidades de uma cidade maior e nem percebe que há outros militares que não têm acesso à saúde com facilidade, como aqui em Bom Jesus da Lapa. Nessa missão, eles têm profissionais especializados e disponíveis para atendê-los em suas necessidades e não sabem quando vão ter outra oportunidade. Por isso, paramos tudo por quatro dias só para estar aqui e promover saúde bucal para o efetivo".

Foi exatamente isso que Mariana, de 11 anos, filha do capitão Fábio, reconheceu: "Queria muito agradecer o tempo que os dentistas estão dedicando para nos ajudar e orientar" - agradeceu.

Pela sua avaliação, o Tenente Alto disse que boa parte dos pacientes apresentou saúde bucal satisfatória, principalmente porque a maioria é soldado de segunda classe (S2) e passou, recentemente, por inspeção de saúde. "Muitos dos soldados usam aparelho ortodôntico, mas nem sempre fazem manutenção. Alguns abandonam o tratamento, mas continuam usando o aparelho como enfeite. Isso pode prejudicar a higiene bucal. Outros se apresentaram com cárie e precisaram fazer restaurações e limpeza, mas nada tão complicado" - alertou o Tenente Alto.

A missão também se tornou uma oportunidade de conhecer a cultura da localidade: "Só estou aqui porque trabalho na Aeronáutica. Provavelmente, como civil, não teria essa chance, de visitar a gruta após o almoço, e saber que a cidade tem a terceira maior romaria do Brasil, que - infelizmente - terminou um dia antes da nossa chegada aqui" - declarou o Tenente Alto.

A romaria de Bom Jesus da Lapa é a mais antiga do país, com 328 anos de história, e é uma das maiores manifestações religiosas e culturais do Brasil. O evento está inserido no calendário cultural do município e tem se destacado como uma das três principais romarias realizadas no Brasil, junto com a Romaria de Aparecida do Norte, no estado de São Paulo e a Romaria do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, no Ceará.

A Tenente Nahum se surpreendeu, imaginando que a população fosse mais carente. Não fazia ideia do que iria encontrar em Bom Jesus da Lapa. Desde fevereiro na FAB, essa é a sua primeira missão assistencial.

Analisando o perfil da saúde bucal das crianças, a dentista orientou os pais, durante os atendimentos, para a diminuição do consumo de açúcar.

"Fiquei bem preocupada com a quantidade de cáries apresentadas por algumas crianças, algumas em dentes permanentes. Apesar da situação, não houve necessidade de extração. Percebi que os responsáveis têm pouco conhecimento em relação ao que pode ou não comer e a quantidade de escovação necessária para a saúde das crianças", expressou a tenente.

Diante dessa situação, teve a iniciativa de promover uma palestra no pequeno auditório do hotel de trânsito do DTCEA-LP, no terceiro dia da missão, para conversar com os responsáveis. Após a apresentação, a Tenente Nahum se dedicou a ensinar escovação para os pequeninos, numa divertida atividade na churrasqueira da vila habitacional.

"Nossa principal orientação é a escovação. Não precisamos privar a criança de tudo, mas temos que ter equilíbrio e controle para que a criança escove os dentes após as refeições e principalmente depois de consumir doces" - alertou a dentista aos pais.

Durante toda a missão, foram distribuídos kits com escova, fio dental, limpador de língua, lápis de cor, caderno de desenhos para todas as crianças atendidas na missão e para alguns soldados que tinham filhos ou irmãos menores.

A Tenente Nahum revelou para os responsáveis que se o tratamento não for adequado, com o tempo as lesões podem progredir e destruir por completo o dente: "Se a criança apresentar uma cárie, temos que intervir o mais rápido possível para não precisar tratar o canal dentário. A escovação malfeita provoca cáries e outras doenças".

As principais causas das cáries e doenças periodontais (que afetam as gengivas)  são os alimentos açucarados e a má higienização bucal. É importante entender as causas para que sejam utilizados os métodos apropriados para cuidar dos dentes e da saúde bucal.

"A rotina de trabalho aqui foi bem diferente. Parei para escutar a história de cada um (filhos e pais), apesar do tempo corrido, mas acabei vivenciando mais o dia a dia da população e achei interessante ter essa oportunidade" - disse a Tenente Nahum.

A odontopediatra não atendeu só crianças nessa missão, também tratou os soldados e alguns dependentes. "Apesar de muitos procedimentos, os jovens que atendi estão com uma qualidade de saúde bucal melhor do que os da mesma faixa etária há dez anos" - avaliou.

"Acho muito importante essas campanhas e só estou aqui porque a dentista escalada para a missão não pode vir. Quero muito aproveitar essa oportunidade e estou muito feliz por isso" - disse a Tenente Nahum.

Para o Tenente Ryhan, em sua primeira missão na FAB, foi muito gratificante. "Foi uma oportunidade única e quando surgiu me voluntariei. Essa é uma das inúmeras atividades que quero fazer na FAB, independente da localidade. Não é Fernando de Noronha nem Porto Seguro, mas eu já estava esperando e eu queria muito isso. Essa é só a primeira de muitas missões", conta o endodontista, que também fez profilaxia e restauração nos pacientes. "E, se aparecesse cirurgia, fazia também" - revela.

"Estou achando tudo bem diferente, os soldados saem agradecidos após a consulta, pois fizemos amizade bem rápido, já que tivemos contato com eles no hotel de trânsito diariamente, tanto é que já gravei nome de muitos deles. Estou encantado com esses laços que criamos, mas o melhor disso tudo é a experiência de vida e, surgindo outras oportunidades, eu vou agarrar. Nunca vou ter, em lugar algum, oportunidade como essa", conta o Tenente Ryhan.

"Mesmo conhecendo todos os militares da equipe, já que trabalhamos na mesma OM, com algumas não tinha aproximação, mas a missão provocou isso. Nós compartilhamos as mesmas histórias nesses dias, almoçamos, jantamos e rimos juntos, nos aproximamos uns dos outros, nos acolhendo nas dificuldades. Estamos todos no mesmo barco. Estou bem feliz com esse espírito de corpo, onde todos se ajudam. Vi a Major Joice limpando bandeja, enquanto eu estava atendendo. Em outro momento, eu aspirava, enquanto a Tenente Nahum estava atendendo outro paciente. E, independente de cargo, de patente, a equipe se uniu, superando a minha expectativa da missão" - declarou o Tenente Ryhan.

Casos mais relevantes

Uma gengivoplastia - cirurgia estética periodontal - foi o último procedimento efetuado pela Major Joice em sua especialidade nessa missão. O resultado e a satisfação do paciente, o S2 Leandro Antonio Pinheiro Borges Oliveira, fecharam com chave de ouro o trabalho em Bom Jesus da Lapa. Se o tratamento fosse realizado em um consultório particular, provavelmente, o paciente teria que desembolsar R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00.

O soldado Borges tem o que chamamos de "sorriso alto ou gengival". Preocupado com a aparência do sorriso, ele procurou orientação com todos os dentistas, desde o primeiro dia, buscando uma solução para o seu problema. A gengiva muito aparente, o incomodava. Ele decidiu pelo procedimento no último dia da missão. Foi, ainda, orientado pela Major Joice a seguir com os tratamentos sugeridos: inicialmente, uma correção ortodôntica e, depois, uma cirurgia ortognática, procedimento que visa restabelecer um padrão facial normal em pacientes adultos que apresentam alterações no desenvolvimento ósseo facial.

Borges saiu agradecido e sorrindo do consultório, sinalizando total satisfação com o resultado. Está, agora, pronto para seguir com o tratamento que o deixará mais feliz - pelo menos é isso que demonstrou nesses dias para a equipe - no dia a dia com os companheiros do DTCEA-LP.

"O procedimento que fiz é a minha paixão, é minha área, minha especialidade. Faço restauração, limpeza e mais a parte estética, onde posso ver o resultado na hora. A satisfação do paciente é tudo de bom e muito confortante" - revela a Major Joice, que na missão em Bom Jesus da Lapa, dentro de sua área de atuação - periodontia - tratou muita gengivite, principalmente nos pacientes que usam aparelho ortodôntico, já relatado pelo Tenente Alto em seu depoimento.

Um pouco pela falta de orientação e por não usar fio dental, muita gente acha que só escovando os dentes resolve os problemas de cárie, mas não é bem assim. Quem tem aparelho retém muito mais placa bacteriana. Como é difícil o acesso para a limpeza, em função do fio ortodôntico, até pelo fato de ser um procedimento mais demorado, muitas vezes o paciente acaba negligenciado. Mas a Major Joice não desiste e insiste em orientar os pacientes sobre o uso do fio dental com função específica para aparelho ortodôntico. "Há um alto índice de gengivite, que cobre o bracket, e quando isso acontece, precisamos tratar a gengiva. A inflamação gengival pode ocasionar uma retração da gengiva e causa, ainda, sangramento e mau hálito, em função da infeção" - esclareceu a dentista.

A maioria dos tratamentos em Bom Jesus da Lapa foi periodontal, como raspagem e higienização, além de orientações de higiene oral. Muitos pacientes saíram agradecidos, elogiando os tratamentos. Alguns tinham apenas um procedimento a ser feito, como limpeza. Outros já apresentaram mais cáries e os que tiveram necessidade de vários procedimentos, retornaram nos outros dias para finalizar o tratamento, como foi o caso de uma policial militar, mãe de um soldado do Destacamento, que fez dois canais e quatro restaurações. O tratamento foi realizado em dois dias, ela teve que pedir para ser liberada do trabalho para concluir os procedimentos, mas saiu contente com o resultado.

"Cada missão tem sua identidade. Aqui em Lapa, todos da equipe foram extremamente engajados e colaborativos. Todos atenderam - mas não ao mesmo tempo, por falta de cadeiras. Quando não estavam atendendo, auxiliavam o colega, trazendo material, aspirando, sempre ajudando, sempre presente. O espírito de grupo foi muito bom, todo mundo junto, na hora do trabalho e na hora do descanso. Que venham mais missões!" - vibrou a Major Joice, que já participou de outras missões integradas do DECEA em Maceió e Fernando de Noronha.

"Até no paraíso há dificuldade de tratamento. Os militares sentem-se agradecidos quando recebem as equipes da OARF. Aqui em Lapa atendemos três a quatro famílias de militares da Marinha do Brasil e duas indicadas pelo comando do DTCEA. Mas, com certeza, se a missão fosse aberta ao público, levaríamos mais tempo, pois há muita carência de atendimento", concluiu a major.

O Sargento Thiago estava impressionado com a solidariedade da equipe da OARF: "Nosso grupo fechou, houve cooperação de todos, ora eu via o tenente tratando e a major auxiliando e, em outro momento, a major tratando e o tenente aspirando. Ninguém ficou à toa, apesar de termos apenas duas cadeiras para os pacientes, mesmo assim, quando um estava atendendo, o outro auxiliava. Isso é espírito de corpo, pelo coletivo e pelo grupo que formou laços na missão!" - declarou.

Satisfeito com sua participação na missão, o Cabo Mickael viu nos semblantes dos pacientes o agradecimento pelo cuidado e pela atenção dispensada pelos profissionais da OARF. "Isso acontece porque o militar precisa se deslocar para Brasília ou Salvador para receber um atendimento digno. Estou muito feliz com os resultados que podemos oferecer aos militares de Bom Jesus da Lapa nesse pequeno tempo. Tenho algumas experiências em missões de saúde pela FAB, mas o que vi aqui nessa equipe foi harmonia. Todos ajudaram na montagem e na desmontagem dos equipamentos. Na hora de guardar o material, todos colocaram a mão na massa - ninguém descansou enquanto o outro trabalhava, ou seja, jogamos juntos e por isso o resultado foi gratificante para todos" - avaliou o cabo.

O Capitão Fábio, comandante do Destacamento, contou que por ser uma Unidade considerada deslocada e isolada, sem convênios e credenciamentos com clínicas médicas e odontológicas, o efetivo de Bom Jesus da Lapa aproveitou a oportunidade ofertada pelo DECEA com a missão integrada. Destacou, ainda, o olhar atencioso dos profissionais com o efetivo e seus dependentes, principalmente com os soldados.

Um dos Elos Sociais do DTCEA-LP, responsável pela coordenação dessa missão de assistência integrada itinerante - a 1º Sargento Suziane Oliveira da Silva Ladeia - disse que boa parte do efetivo achou que faria só uma limpeza, mas ficaram surpreendidos com a quantidade de tratamentos realizados.

"Essa missão facilitou muito a vida do efetivo, todos foram bem orientados para cuidar da saúde bucal. O S2 Daniel da Silva Pereira, 20 anos, que buscou tratamento profilático, apresentou um ferimento no céu da boca e, após radiografia e avaliação dos dentistas, foi orientado a fazer uma ressonância e posterior consulta com buco-maxilo. Já fiz contato e marquei o exame no Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília e - assim que tivermos o laudo da ressonância - vamos marcar a consulta com o profissional no HFAB (Hospital da Força Aérea). O importante é agilizar para atender as necessidades básicas de saúde do nosso efetivo" - constatou a Sargento Suziane.

Os agradecimentos

O 3º Sargento Thiago Alexandre Cordeiro Silva, da Marinha do Brasil, trouxe a esposa Ana Carolina, grávida de 5 meses, e mais dois filhos: Ana Alice, de 10 anos, e Davi Miguel, de 5. "Não posso perder a oportunidade de agradecer à FAB por estender o braço para a Marinha nessa missão. Temos um convênio com uma clínica odontológica, mas há muita burocracia no atendimento, que leva até dois meses para autorizar procedimentos" - declarou o sargento.

Aos 22 anos, o Soldado Igor Nascimento Costa procurou a equipe apenas para uma limpeza, porém se deparou com um canal e mais três restaurações. "Foi bom demais. Recebi atendimento diferenciado aqui. O Tenente Alto é muito paciente, me atendeu em dois dias, sempre com muita leveza e cuidado, tanto é que nem senti dor", contou o soldado.

o S2 Franklin Oliveira dos Santos, de 19 anos, recebeu atendimento pela Tenente Nahum. "Não senti nenhuma dor com a restauração e a limpeza realizadas por ela, que é delicada com todos os pacientes. Na verdade, sugiro que eles venham com mais frequência aqui para cuidar e manter nossa saúde bucal" - contou agradecido o soldado.

O 2º Sargento Raphael Diniz aproveitou a missão e trouxe a esposa Cristiana, o filho Davi, de três anos e meio, e a sogra Maria dos Reis. Como ele, o Cabo Ivo Barbosa de Souza, que está em Lapa há 19 anos, também estendeu o atendimento à esposa Crisandra e seus dois filhos, Ester (3 anos) e Davi (7 anos), evitando, assim, idas e vindas para Brasília, numa viagem cansativa, tanto para a criança quanto para os pais, como aconteceu no ano passado, quando a esposa precisou extrair os dentes sisos, que estavam trincados.

Ao final da missão em Bom Jesus da Lapa, os sorrisos revelavam a total satisfação do efetivo pelos resultados alcançados. A jornada de trabalho durante os quatro dias foi intensa, mas compensadora para todos.

 

Assessoria de Comunicação Social do DECEA Reportagem e fotos: Daisy Meireles